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HISTÓRIA CORRENTE

Inesperado acidente,
indesejado incidente,
por agir agressivamente,
emocionalmente,
impulsivamente,
acomete-o de repente.

A alma sente,
transtorna a mente;
faz-lhe paciente,
no sentimento dolente.
Quis ser um todo-potente,
universalmente.

Buscou caminhos diferentes,
vivendo outros ambientes;
conheceu outras gentes,
e no desejo crescente,
da vitória crente,
se mostrava contente...

Fazia-se transparente,
de pureza simplesmente;
um ser tão sapiente,
de amor latente,
visto vidente, ( via-se )
do viver experiente.

Sensações referentes,
emoções pertinentes;
auto-referendado ente,
pra quem quiser que se oriente;
ao desengano eminente,
sonhava inocentemente.

Prezava um Deus, intimamente;
algo assim, catolicamente.
mas não de todo convincente:
não se mostrava coerente
vivia perigosamente;
nos bacanais era presente.

Era o todo envolvente,
ilusoriamente.
Achava-se em escala ascendente,
declinava lentamente.
Desiludiu-se finalmente,
desesperadamente.

Era tudo aparente.
Reagiu humanamente,
ficou até demente.
Um tanto inconsciente;
viveu como indigente,
abnegadamente.

Foi por desertos ardentes;
passou frio de ranger os dentes.
À sua queda resistente,
lutava tão somente.
Da sina adversa ciente,
se fazia insistente.

No enredo inclemente,
teve medo realmente.
Agiu corajosamente,
agiu covardemente,
temendo tornar-se ausente,
perdendo tudo eternamente.

No dia-a-dia indo em frente,
não de todo desistente,
vivendo naturalmente,
sonhando e no batente,
o destino lhe foi complacente:
fez-lhe alguém eminente.

Um ser todo consciente,
a se expressar reveladoramente
do que se lhe faz assente,
e faz ver a todo vivente,
indubitavelmente,
a luz, viva, reluzente.

 

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segunda-feira, junho 27, 2011 - 04:26

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Hílton Neiva Jácome

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