CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
houve tempos
Houve tempos em que os sons do celuloide valiam
Mais do que simples palavras, momentos
Em que as imagens saíam do ecrã do cinema
E eu sabia de cor o que diziam os lábios mudos,
As mãos vacilavam, nervosas sob a luz tremula,
Ansiosas pelo toque da companheira do lado,
Suspendia-me na respiração solene dela,
E esquecia o enredo da película que estava vendo,
Na frágil ilusão do filme, esquecíamo-nos da noite,
A vida corria como se fosse uma original edição,
E o que se passava na tela era tão naturalmente aceite
Que orvalhava os olhos e acelerava a pulsação.
Não havia ontem ou amanhã, o tempo esvoaçava,
Espantávamo-nos com a nossa timidez espontânea,
As juras de amor seriam aceites? Saberiam a saliva?
Ou a salva da pastilha-elástica? Sei que provocavam insónia
E repetia tantas vezes o mesmo nome até ficar exausto,
Mas era como se o trouxesse, dentro de mim grudado,
Mesmo depois, quando ficava sozinho no meu quarto,
Recordava os momentos com ela segundo a segundo,
A despedida à porta da sala de cinema, pungente,
Acaso morresse de sede, tendo um rio de agua a porta,
O coração que queria voar, preso por uma corda
À garganta até faltar o ar, a frase não sair autêntica…
Também não eram mais que simples palavras,
O ágil rumor das folhas, nas árvores
A caminho de casa, reclamavam das minhas
Acanhadas frases, saciadas com um beijo na face…
Houve tempos em que me encantava
por tudo e por nada
Joel Matos (02/2013)
http://namastibetpoems.blogspot.com
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 3126 leituras
other contents of Joel
Tópico | Título | Respostas | Views |
Last Post![]() |
Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Ministério da Poesia/Aforismo | palabras | 0 | 10.405 | 11/19/2010 - 19:13 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | A matilha | 0 | 8.432 | 11/19/2010 - 19:13 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | ao fim e ao cabo | 0 | 6.999 | 11/19/2010 - 19:13 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | o bosque encoberto | 0 | 7.497 | 11/19/2010 - 19:13 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | nem teu rubor quero | 0 | 7.014 | 11/19/2010 - 19:13 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | em nome d'Ele | 0 | 8.218 | 11/19/2010 - 19:13 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | Troia | 0 | 8.972 | 11/19/2010 - 19:13 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | desabafo | 0 | 10.033 | 11/19/2010 - 19:13 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | Inquilino | 0 | 13.068 | 11/19/2010 - 19:13 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | Pietra | 0 | 12.832 | 11/19/2010 - 19:13 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | não cesso | 0 | 8.875 | 11/19/2010 - 19:13 | Português |
Add comment