Infância

Pelas campinas fui menino

E sufoquei o tempo de tanto brincar,

Desbravei mistérios nas águas do mar

E fantasiei minha infância de intenso colorido.

Idade de ouro em que tudo é felicidade,

Inocência sublime livre de compromisso,

Vive-se liberto bem distante do feitiço

Que a madureza da vida impõe à realidade.

Saudade da pipa, do esconde-esconde, do pião...

Saudade do corre-corre e de inesquecíveis aventuras,

Saudade de não conceber o que é censura

E encher de folguedos e alegrias o coração...

Quantas lembranças escrevem hoje minha história!

Quanta saudade que emociona minha memória!