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"INQUIETUDE"

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Como o começo de um sonho
há muito terminado,
Sou a noite que se agita...
mal desponta o dia!
Sou o silêncio que grita
com extrema rebeldia.
Sou a razão que morde
minha eterna clausura...
Ou serei apenas LOUCURA?
Talvez seja como o vento
Que se exprime eufórico,
Quando descrevo cáustica
Esta enorme ansiedade…!
Talvez seja a insónia,
nos olhos de um anjo
Que se cansou das nuvens
E da eternidade!
Talvez seja tudo…
Ou nada do que sinto!
Porque me desminto?
Oh..
O que sou realmente?
Porque fujo…
Se nunca me encontro?
Porque principio
Se nada compreendo?
Porque me exponho…
Se de tudo me arrependo?
Quem sou eu…?
Deus ou o Diabo?
Sou lágrima ou sorriso?
Esperança ou amargura?
Porque me aniquilo
Nesta minha rebeldia?
Quem sou eu?
Vendaval?
Calmaria?
Ou apenas…
Mais uma POESIA?

Vóny Ferreira

Submited by

sábado, julho 12, 2008 - 10:37

Poesia :

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admin

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Offline
Título: Administrador
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Comentários

imagem de Henrique

Re: "INQUIETUDE"

Sou a razão que morde
minha eterna clausura...

O poeta é infinito e a magia aparece nas palavras naturalmente…

:-)

imagem de IsabelPinto

Re: "INQUIETUDE"

És tudo isso e muito mais, és um grande momento de poesia :-)
Admirei o teu belíssimo poema
Bjs
IC

imagem de angelalugo

Re: "INQUIETUDE"

Querida amiga poetisa

Sabes que adoro teus poemas e este
em especial está assim repleto de
sentimento que embriaga meu pensar
add aos meus favotitos

Parabéns!

Beijinhos meu

imagem de zizo

Re: "INQUIETUDE"

A imagem é linda, o poema é ainda mais. Adorei! :-)

imagem de AnaMaria

Re: "INQUIETUDE"

Na verdade nunca chegamos a desvendar a nossa absoluta essência. Cada dia é uma descoberta de nós e dos outros!
E se para descobrirmos a nossa verdadeira essência temos de ultrapassar barreiras, envolver-nos em situações e abraçarmos as pessoas, se para nos conhecermos temos que beijar e sentir o batimento cardíaco do ser humano que nos toca, então não pode haver arrependimento das nossas pequenas loucuras, dos
nossos actos precipitados porque nos deram prazer, porque nos encheram de vida!
E abrir os braços nunca poderá originar arrependimento!
Fiz alguns disparates na vida e continuo a fazê-los, mas porque são eles que me dão alento, que me ajudam a navegar contra as correntes, mesmo as de ferro, então benditos disparates que me dizem que estou viva!
A alma humana é uma eterna luta entre a sensualidade e a racionalidade.Quando descobrirmos e aceitarmos que elas fazem parte de um mesmo ser, e que são uma complementaridade, então aceitar-nos-emos em paz com nós próprios!
Ser vendaval e calmaria é apenas uma aparente dualidade já que são apenas rostos de um mesmo ser!

"Porque me exponho…
Se de tudo me arrependo?"
Mas ... eu digo:
...Exponho-me!
Não quero passar por esta vida com a alma fechada!
E até agora nunca me arrependi!

(Continuo a adorar estes poemas. Leio, releio embora nem sempre opte por comentá-los, estou sempre aqui!)

Beijo

imagem de Anonymous

Re: "INQUIETUDE"

O teu comentário, Ana, é um autêntico poema,
pela imensidade e emotividade que emprestas a todas as palavras.
Obrigada!
É sempre agradável ler-te porque contigo aprendo sempre além de ter acesso à ALMA ENORME que tens!
Eu sei que estás presente, Ana, no que escrevo.
Sempre estiveste e devo-te esse reconhecimento!
Tal como tu nunca prescindo de ler os teus poemas principalmente os que não conheço do teu blog.
Beijo e quero que saibas que tenho um enorme orgulho em ter uma amiga como tu!
Vóny Ferreira

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