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Interlocução

Fala-se assim, como conversa jogada
Na lixeira, um corpo arremessado.

Fala-se como nada fora
Um projétil de fuzil no sequestrador
Varando a testa, a quase certa morte

Fala-se da vítima usária de drogas
- Coitada! Que eu não seja sua vítima de assalto!

E assim leva-se a vida...
A vida que levamos como leva-se papel
Higiênico usado pra reciclagem...

Assim levamos nossa carcaça
De casa para o incerto: a quase morte

Fico intimamante incorformado
Com nossa tendência ao macabro:
Críticas inconstrutivas, feitas a não sei a quem...

A quem nos dedicamos
Com esse monte de ... Feito ao reuso?

Irrita-me profundamente
A canalhice que guarda a cultura
Somos um bocado de ... Feito ao abuso?

Reviram-nos e (ironicamente, acredito!)
Aplaudem nossa forma
Preformada à reforma da reputação imputada!

Como isso pode seguir?

Irritei-me hoje quando quase entenderam
O que determinado poema tinha a dizer

Como?
Quem sou eu a quem a irritação é
Sinônimo de entendimento acima de qualquer outro?

Quem sou eu, irritado irritante?

A muito na vida eu digo NÂO!

Eu NÂO faço de mim a lixeira de outrém!

Eu NÃO julgo a falta e, quando NÃO julgo
Eu procuro NÂO julgar!

Quando quase entenderam, dois entenderam...

A poesia não deve ser esse monte de...
Sentimental iludido pela experiência de "Ser"!

Não deve ser o passatempo de rejeitados!
Pois, poesia é vida!

Há vida esvaindo-se num sofrimento
De íntima causa, eu faço o melhor!

Eu NÃO quero a Rússia próspera
Quando atiro na minha própria cabeça!

Eu NÃO quero a libertinagem
Quando morro enforcado numa banheira!

Eu NÃO quero ser a notícia
Quando sou bandido morto pela polícia despreparada!

Ao que eu quero eu digo SIM!

SIM! Eu quero a realidade
Para poder, com minha limitação
Alterar o meio em que vivo!

SIM! Eu quero amigos menos prepotentes
Para poder eu me desculpar por minha prepotência!

SIM! Assumo essa característica
Deveras inconsistente no meu "Eu"!
Sou muito "Eu mesmo" em algumas oportunidades...

Assumo! Deveria ser mais dotado de parcimônia
Estivesse a parcimônia no meu controle!

Talvez eu devesse dizer:- Não vos controlo...
(E preciso dizer?)

E a irritação não cessa...
Continuo: SIM! Sou humilde sem causa!

Há algum tempo não converso com o Pai...

A vida segue indo para... O reaproveitamento

Entendamos: O Amor é o do Pai

Como nos dirigimos a Deus?
Pela luz de misericórdia que ELE nos deu...

Essa luz também podemos chamar de amor

Sinto-me em paz agora...
Não, não é aquela paz do domingo à tarde...

Quando foi a última vez
Que nos ajoelhamos diante do Pai
De modo expontâneo?

Conforme pediu-se: MEIO!

De antemão, perdoem minha desordem...

Submited by

quinta-feira, fevereiro 11, 2010 - 22:25

Poesia :

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robsondesouza

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Comentários

imagem de RobertoEstevesdaFonseca

Re: Interlocução

Belo poema,

Gostei muito.

Um abraço,
Roberto

imagem de robsondesouza

Re: Interlocução

Querido Marne,

Peço-te desculpas por qualquer mal entendido que meu poema possa ter causado.

Deixei um recado a ti!
Abraços!

imagem de KeilaPatricia

Re: Interlocução

Bommm

bjs na alma

imagem de MarneDulinski

Re: Interlocução

QUEM NÃO ENTENDEU TEU DRAMA PARTICULAR AGORA FUI EU,

PEÇO DESCULPAS POR ALGUMA OPINIÃO MINHA, QUE TE POSSA TER DESAGRADADO, MAS EU NÃO SOU PERFEITO, MAS TAMBÉM FALO O QUE PENSO (PERDOE TAMBÉM A MINHA DESORDEM AGORA...)
Meus parabéns,
Marne

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