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IVO ALEXANDRE

Quando te segurei.
As minhas mãos sentiam
o teu corpo arrefecer na minha alma.

Mornos,
teus olhos abertos
virados pra mim a fecharem-se.

Senti o coração parar junto do teu já parado.

A minha cabeça estalou em dor.

Toda eu tremia
paralisada no pensamento
de te perder ali no meu colo.

Senti
que a vida
me engasgava num grito.

Fiquei subjugada
ao vazio que me apertava o peito
sem saber o que fazer.

Pousei a minha boca na tua boca.

Massajei teu peito tarde de mais.

Não cheguei a tempo.

Quanta
tristeza me silenciava
enquanto te envolvia no meu colo
querendo dar-te a minha vida.

GRITAVA!!!

“Ivo Alexandre!

Olha a MÃE!

Não me deixes!”
 

Dedicado ao meu menino que faz 18 anos que partiu...

Beijo de quem te ama, mano e, mummy <3

 

Submited by

segunda-feira, abril 2, 2012 - 00:30

Poesia :

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mariamateus

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Comentários

imagem de Nanda

Maria

Um grito vindo do fundo da tua alma de mãe...
Sem palavras e cheia de emoção ao ler este teu poema.
Beijinho na lam
Nanda

imagem de Henrique

Num grito...

Num grito, a dor, o silêncio.

Um peito que esconde um coração onde a alma arrefece.

Muito triste, são as palavras que me restam...

Nenhuma mãe e nenhum pai deveriam gritar esse silêncio.

Beijo

:-(

imagem de Henricabilio

emoções

esCorrem emoções fortes
pela epiderme das palavras:

Existem perdas alucinadas
quAis pedras atiradas.

Um abraç0o solidário!

Abilio.

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