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La foule
Je suis la foule, toute seule...
Viens, par que je pars...
Je ne regrette rien...
Tenho parafusos nos olhos e giro o mundo ao contrário...
A minha visão é uma maquina de roupa em centrifugação...
Roda e roda e roda e roda e roda e roda e roda...
E o mundo fica tonto à minha volta e cai no chão...
Pudesse a terra ser quadrada e tudo seria mais fácil,
apenas teria de caminhar para o abismo e deixar-me cair...
A culpa é dos verbos que nos seus tiranismos imperativos
sobrevalorizam as acções e desvalorizam os sentidos...
Eu amo (amo?)
Tu amas (sabes?)
Ele ama (quem???)
Nós amamos (quando compensa)
Vós amais (os materiais))
Eles amam (ser amados...)
E os parafusos dos meus olhos giram e desenroscam-se
e caem com os sonhos pendurados cheios de amor em serpentina
a escorrer...
E eu a agarrar os olhos
e os sonhos e o amor e a tentar enroscar tudo
e cada vez a cair mais mundo de dentro de mim
para esta bola quadrada onde temos que viver todos
os que nem sabemos viver...
Sim sou louca...
Sim sou...
E tu?
Tens parafusos nos olhos?
Inês Dunas
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Poesia :
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Comentários
Re: La foule
Non, rien de rien,
non, je ne regrette rien.
Ni le bien qu'on m'a fait,
ni le mal, tout ça m'est bien égal.
Libbris:
Parafusos nos olhos? Lamento, sou um modelo avant - Gard, que já trago incorporado os sensores visuais ( é tudo mais digital), mas no entanto, fica a duvida em que movimento giro?
Será contrário aos ponteiros do relógio? Pois deve ser dada a minha inoperância para aproveitar o tempo e os minutos cadentes.
A loucura sadia de uma questão pertinente no encerramento do pensamento, remete-nos para a eterna questão...O que será que os outros vêm, que eu n~qao consigo ver?
Serei eu que vejo demais, ou tal como na obra de Saramago, anda meio mundo cego, ou a ver ao contrário.
Uma questão...Se rodares demais os parafusos nesse certo sentido...perderás a visão, ou verás a dobrar?
Balayés mes amours,
avec leurs trémolos.
Balayés pour toujours
je repars à zéro...
http://www.youtube.com/watch?v=0YkLq6J_6cA&feature=related
Um Beijo