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Labaredas sarcásticas dançam nas ruas de Roma

Labaredas sarcásticas dançam nas ruas de Roma,
Por favor! Aproxime-se!
Venha para o coração da metrópole em unhas de esmaltes.

Ornatos de batons centelhas nas pupilas pulsantes
Tal qual pulmões quentes e velozes
Dum sucúbico corpo do medo
Da súplica feroz do inóculo espermático
No disfarce desejo
Em
Peças íntimas

Deitam Atlânticos e Pacíficos tão pouco pacíficos
Nos remorsos das
Palmas de mãos com maquilagens
E
Lambuzam respirações de enlaces

Jasmins no ar do oco
Muros que provocam costas
Em empurrões e cotoveladas
De ventos estúpidos

Pede um dedo ou uma língua
O passeio da pele
Pede uma saliva ou uma mordida
O andejo de braços aos botões

Labaredas sarcásticas dançam nas ruas de Roma,
Por favor! Afaste-se!
Fuja das vampiras com hálito de medo

Não vale atirar pelas costas
No símbolo jogado da lente embaçada
Já que o nosso sonho, roubado foi.

No passado que metamorfoseia pescoços curvados
Como num choro fabricado... lento
Na face de criança incapaz de conter-se.
Houve quem um dia imploraste por isto,
Nos restos,
Fê-lo da anestesia inócua 

Brincos dependurados e orelhas de sono
Rosto em cortinas de linhas
Que brilham dedos de estrelas

Labaredas sarcásticas dançam nas ruas de Roma!
Fique ou corra! Pro inferno!

Portais esquecidos em genocídios urbanos
Roscas do parafuso pesado ferrolho
Dos risos choros
No estrondo de orgias

Vamos salvar todo o mundo
Com a matança das querelas,
Vamos buscar abrigo
Quem sabe nas navegações antigas
Com ferrugens ao pescoço

Vamos arriscar-nos a pormos-nos em prova
Vamos saltar os ponteiros
Travar todas as horas
Engolir a miúdo forças com vigor

Vamos construir nosso escape
Pormos-nos pra fora!
Pôr borrachas pra trabalhar,
Apagar prisões
Tapar com gaze as feridas da liberdade!

Nas barrigas o enxame de vespas
Quando se come o mundo

Olharemos de longe
Longe do presente

Figuras ainda somam os olhares
Tanto quanto comida pra porcos
Em chiqueiros imundos
Feito cérebros danificados.

Música das fezes de pombas
Acordando varandas
Com madrugadas pardas ao travesseiro

O estrondo leva ao peito o susto

Labaredas sarcásticas
Ah! Labaredas sarcásticas
Não expulse esta Roma de olhos vadios nossos.
Pelo que amamos
Suplicamos-te de joelhos
Que não,
Pois,
Vida não se marca como páginas de livros
Porque livros são lidos
Esnobes
Apenas lidos!

Ruas romanas de ventre aberto
Às filhas que dizem a fio
As inglórias copulações amiúde ao cimo da virilha apertada.

Vós estoirastes o gozo gosto do sêmen
Amém
Flecha rabelaisiana volita e volita
Amém

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quarta-feira, março 14, 2012 - 15:11

Poesia :

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Alcantra

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Comentários

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Caro amigo, Gostei muito de

Caro amigo,

Gostei muito de ler esse teu provocante poema,como labaredas,ardem as palavras em lúcida realidade dolorida...

Arte,arte!

Abraçosmiley

imagem de Alcantra

Obrigado por ler-me minha

Obrigado por ler-me minha cara Suzete,

Abraços,

Alcantra

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