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Lambo feridas
Nessa noite a montanha
Funde-se com o céu
Vestido de negro.
Não há relevo
Nem lua...
Não há fagulha
Nem cruzeiro.
Nessa noite não vejo
Galáxias
Nem estrelas
Na imensidão.
As luzes do céu
Da lagoa espelhada
Ausentes estão.
Nessa noite cultivo
A falta de brilho.
A escuridão
Das coisas escondidas.
Viajo no tempo,
Acho desassossegos,
Lambo feridas.
Você não está aqui
Do meu lado
Mas, ainda, no meu dentro.
Hoje não tem luar
Não tem cruzeiro...
Tem só uma dor
Que já vai me deixar.
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quarta-feira, novembro 30, 2011 - 00:44
Poesia :
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Cortilio
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Comentários
As feridas invisíveis
As feridas invisíveis são as mais dolorosas, negras, ainda que se disfarcem com algum sorriso forçado...
Pungente, a temática,
bela, versificada!
Gostei de te ler...
Bj
Obrigado Odete! O que quis
Obrigado Odete! O que quis foi buscar o momento da pausa, da reflexão, do refluxo da dor. Lamber as feridas pode ser o início da cura de nossas chagas internas, que como você bem disse, são as que mais nos doem.
...
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