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Linfa
Proclamam: que não haja
quem a tudo reaja;
que inexista
quem a tudo resista.
Então, que me seja permitida
cada lágrima caída.
E que eu possa temer
o Câncer que me devora,
e a beberagem do xamã
que me apavora.
Serei o homem
sem face.
Da dor
sem disfarce.
Que me poupem
das bem intencionadas
frases-feitas,
pois eis que vejo
a Ceifadeira das colheitas.
Que me deixem respirar
o último segundo.
E que eu beba
o máximo do Mundo.
Só assim partirei saciado
de Presente e de Passado.
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sábado, janeiro 28, 2012 - 11:33
Poesia :
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