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LOBOS E CORDEIROS
Lobos e cordeiros
Nas sombras invisíveis escondem – se os malfeitores,
Para espalharem as ondas do mal, os horrores,
Bebendo o sangue das vítimas que se deixam enlaçar,
E comem a carne viva e nem o cheiro deixam no ar.
Na luz eles nunca vivem, mas sim na terra sangrenta,
Mandam os emissários carnívoros que a sua vida sustenta,
Ouvem sempre os sinais das dores daqueles que sofrem,
Pelas suas investidas perniciosas e os lábios lambem.
Com sabor a sangue e não deixam vestígios, lembram as corujas,
Andam de noite, pelas sombras sempre de mãos sujas.
Sujas pelo sangue dos inocentes que mordem e torturam,
Para encherem o seu ventre insaciável e depois urram,
Em silêncio de morte que ninguém ouve e ninguém sabe,
Têm boca, têm dentes e têm voz que nunca se abre.
Tanto andam com quatro patas como andam com duas,
Em qualquer lugar ermo como nas movimentadas ruas,
Ninguém os conhece, têm rosto próprio mas disfarçado.
Nunca olham de frente, atacam sempre de lado.
De lado eles riem – se das vítimas e até da própria justiça,
Que sabe quem são, mas as suas leis nunca lhes atiça,
Perde tempo com quem rouba pão para não morrer,
E como passam fome nunca se podem esconder.
E os malfeitores e os bebedores de sangue andam por aí,
Pelas ruas e pelas cercanias bem vestidos de caqui,
Gozando do espólio dos outros que tanto trabalharam,
E assim os vampiros andam à solta e todos se calaram.
Calaram - se, porque a sua voz nunca ninguém ouve,
Sentem o medo da vingança e justiça ninguém lhes trouxe,
Vivem tristes e amargurados porque têm medo de falar,
Por serem gente de ninguém, todos os mandam calar.
Revoltados estão os que sofrem e se sentem injustiçados,
Pelo poder que manda mas só castiga os desgraçados,
Que nada têm a não ser o seu olhar vazio,
Pois já lhes mataram a dignidade e lhes extraíram o brio.
Tavira, 8 de Setembro de 2010 - Estêvão
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