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LUZES QUE SE APAGAM
LUZES QUE SE APAGAM
Neuza Maria Spínola
Luzes pequenas, minúsculas estrelas,
Que brilham sós, na noite cinzenta;
O vento e o frio que entram pela janela,
Sopram gelados sobre algo que esquenta.
Corações solitários que querem se aquecer,
Mãos que procuram tão logo encontrar;
Braços que enlaçam num tempo parado,
Como águas paradas de lagos abandonados.
Resíduos de sonhos que tornam e brotam,
De uma saudade que dói e faz pensar!
Vagão, com dois passageiros, sem trilhos,
Solitários, misteriosos, como mães sem filhos.
Vidas que se apertam, solitárias,
Pensando apenas no momento da partida;
Mãos que se amassam, mas parecem paradas,
Noite de espera, de uma nova chegada.
Despertar de palavras que querem ser ditas,
Que chocam, mas doces de serem ouvidas;
Não saberia dizer-te ainda o que queres,
Mas é tão bom ouvir, o que porém, me dizes!
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Comentários
Adorei. Está bastante
Adorei. Está bastante apelativo e à medida que as estrofes se desenvolvem cativam-me cada vez mais, embora todo o poema seja bom.
Re: LUZES QUE SE APAGAM
Lindo, LUZES QUE SE APAGAM!
Mas na esperança de um doce futuro!
Re: LUZES QUE SE APAGAM
"Vagão, com dois passageiros, sem trilhos,
Solitários, misteriosos, como mães sem filhos."
Lindo... Amei... Realmente o amor é como um vagão na vida... pq transporta dois passageiros para o inesperado, para o mistério... Parabéns.
Beijo grande
Re: LUZES QUE SE APAGAM
E que esse sonho se concretize neste belo escrito!
Re: LUZES QUE SE APAGAM
As estrelas são sempre um desaguar da tristeza!!!
:-)
Re: LUZES QUE SE APAGAM
Corações solitários que se buscam se encontrar, mas paracem estar afastados,numa solidão do ser intimo que cada um tem.
Buscando só o calor do sonho de não ser solitário.