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MAL ME QUER BEM ME QUER
Malmequer bem me quer
Malmequeres, malmequeres, quer sejam amarelos ou brancos,
Nascem em qualquer lugar quer nos jardins ou nos campos,
Entre o azul do céu e o verde que enche a terra mãe,
São flores vulgares abundantes sem serem semeadas por alguém,
Os passarinhos alimentam e espalham as sementes pela terra,
Nas planícies, nas montanhas e nas colinas da serra.
São flores do amor, cujas pétalas são arrancadas também,
Dizendo malmequer, bem me quer, para saber quem quer bem,
Pelos namorados e pelos amantes, até a última pétala cair,
No chão da terra onde nasceram, onde cresceram sem pedir,
E pelos malmequeres medem o amor, sabendo que é uma ilusão,
Mas como falam de amor, devem fazer bem ao coração.
Se os malmequeres falassem quantos segredos eles desvendavam,
Dos amores que enchem o peito dos amantes que os desfolham,
Que fazem palpitar o coração enquanto os lábios são beijados,
Com os malmequeres na mão para serem desfolhados,
E o amor vai crescendo com os malmequeres brancos e amarelos,
Que são flores vulgares mas nunca deixam de ser belos.
É na terra que eles crescem com folhas verdes cheias de esperança,
Os amarelos e os brancos que a terra cria e nunca se cansa,
Para mostrar aos amantes que o amor é bom e colorido,
Que nunca dos corações ele nunca deve ficar esquecido,
E os malmequeres crescem e erguem-se para o céu,
Mas nunca o céu alcançam o Sol sempre cria o que é seu.
Malmequer bem me quer, pétala a pétala eu te arranco,
Para saber se o meu amor também me ama como eu o amo,
Mas, se no fim da última pétala ela cai e diz que não,
Eu fico triste nesse momento, mas sei que é uma ilusão,
E novamente outro malmequer pétala a pétala vou arrancar,
Para saber se na última pétala o meu amor me quer amar.
2012- Estêvão
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