medo de ti.

Foram abrigos
Que procurei nos muros que construi,
Com as minhas mãos procurei a salvação
Do medo de te tocar.
Do medo de te tocar
E não saber mais parar,
De seres a metade que a minha pele procura
O sabor que me satisfaz
O cheiro que me inspira.

E as pontes
Procurei desmoronar
Em cada sentimento congelado
Em cada olhar frio
Fingido,
Escondi a verdade para não me magoar
Na mentira vivi para me proteger.

A tua existência faz-me sofrer
Porque não sei te ter,
És a incógnita sem resolução
Tiras o sentido ao meu coração.

Desisti do meu mundo
Porque nele estava intrínseco
Eras erva-daninha,
Os sonhos rejeitei para não cair no profundo
No mais fundo desgosto
De te ter no coração
E não te ter nas mãos.