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Metronómica

Dizer que te amo não é suficiente
Nada é suficiente quando falo de ti
Ou quando falo para ti
Não é suficiente
Quando me desarmas
Em frases simples
                                   “Meu amor querido”
                                   “Amo-te”
E não sei recompensar milagres

Digam-me que estou cansado
Que não há novidades
Neste lado do espelho inerte
E que as palavras se decompõem
Pedaços de nós
Marcas rupestres
Em momentos perpetuados
Na solenidade do suor e pele
Digam-me com voz convincente
Conivente
Melíflua enganadora
Como se sempre tivessem sabido
Do engano proferido no amanhecer
                                                                  - Mantras mandalas entoados e desenhados
                                                              No leito dos pássaros esvoaçando nas correntes -
E do sentido do encanto da mentira
Mil vezes repetida

Digam-me que estou cansado
Que as palavras me fogem
Sorrateiras nos campos destroçados
Como borboletas
Na ponta da minha língua
                                                 Pelo teu corpo
Que a vontade decresce
Sem saber da metronómica do espanto

Vos direi que não
O vosso engano permanece
Frio incólume de mercúrio e aço
Que nada é suficiente
Na tua pele aveludada
Nesse levíssimo tom moreno
Amálgama pueril de sonhos
Me canso repouso e refaço

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sábado, janeiro 21, 2012 - 22:56

Poesia :

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