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"A Minha Geração"

I
Corrido e varrido do mundo superficial,
eu presenciei a doidice dos malucos que caíram na desgraça
levada a cabo pela sistematização do sistema laboral,
desses tapetes pisados que se tornaram vermelhos
com o sangue derramado por quem outrora viveu
na esperança detectada pelos seus serviços…

Deus deixou a humanidade entrar em parafuso
Com a vaidade apresentada pelas telas
Esborrachadas da tristeza sádica do ser vivo
Encantado pela vastidão em que se encontrou perdido…´~

Eu vi. Eu vi a causa considerada sem efeito
Envolvida na justificação da prevenção
Daquele que nasceu já crescido e perfeito!
Imperfeito! Sem qualquer defeito, imperfeito!
Perfeito! Com todos os defeitos, perfeito!

II

Eu vi homens pescarem sereias mortas
De rios afogados em petróleo nacionalizado pelo afamado
Governo eléctrico que tende a facilitar a vinda de terroristas
para este mundo verosímil destruído pelo facto
Da população ser controlada injustamente e de jeito
Asmático…

Eu vi a minha geração crescer envolvida em textos electrónicos
Enviados á imagem da perfeição criada pela excitante vontade
De ser alguém excitantemente afeiçoável perante outro alguém
Que nos é atraentemente desejável perante outro alguém
Que nos é aparentemente amável e perante outro alguém…
Outro alguém que nos é inegavelmente, outro alguém…

Eu vi a minha geração florescer diante dum ecrã feito
De plástico e vidro mágicos que delicadamente apanha o jeito
De os manter sentados numa cadeira onde só estão sentados …
Totalmente dominados por um ecrã com imagens…
Totalmente dominados por um ecrã com miragens…

Eu vi a minha geração envelhecer lentamente diante dum
Teclado malvado com teclas entorpecedoras que os mantinha
Marginalizados e histéricos como cães selvagens que fazia
Deles mesmos seres patéticos enterrados num mundo virtual
alcoolicamente visível pelas cenas de demente que assim faziam…

Eu vi a minha geração negar Deus e viver de acordo
Com novelas estúpidas onde miúdas verdinhas se vestem de caçadoras
E andam à espreita de problemas vestidos com calças de ganga e camisolas apertadas,
disfarçados de rapazes bonitos para as deixarem bem entusiasmadas…

Eu vi a minha geração dinamizar o conceito de oferta e procura
De modo a atordoar a dimensão dos seus actos e como tal
Dar aos seus luxuosos pecados, uma cura!

 

III

Eu vi a minha geração morrer loucamente em estradas
Inofensivas com caveiras penduradas em árvores
Esfomeadas por verem pessoas drogadas conduzirem
Com um sorriso de orelha a orelha, directamente
A um poste que não se mexe e está lá
Apenas para garantir,
A luz durante a noite de modo a que se veja com total luminosidade
A porra do caminho, de modo a que tal garanta a porcaria do dia de amanhã!

Eu vi a minha geração em constante deteriorização ainda antes
De amadurecer a chama da sua alma, de modo a que não fique
Penada e assombre a consciência de algum cavalheiro alheio
A pormenores duvidosos  da música que lhes tocam sem qualquer instrumento!

Geração estúpida que nasceu sem asas!
Geração estúpida que quer voar!
Geração estúpida que faz sexo ofegante!
Geração estúpida, que faz a porcaria dum texto com palavras
Estúpidas que são “I Love You”, e fica super radiante!
Boa! Muito bem! Boa! Boa porcaria desta geração estúpida…
Geração estúpida! Estúpida geração!
Estúpidos! Estúpidas! Toda a geração é estúpida!

Geração cujo coração é feito de sorrisos virtuais,
Constituídos por pontuação que nem sequer se dão
Ao trabalho de usar para finalizar o raio duma
Frase extra simples e assinalar um parágrafo!

IV

Geração cujo cérebro é um processador dum computador
Com ligação via satélite para a internet…

Tal como as primeiras gerações foram navegadores
E descobriram novos horizontes e continentes
Irrompendo incessantemente por entre os sete mares
Obscuros e esquivos, também a minha geração são uma geração
De navegadores que deu um passo enorme ao descobrir o
“Google” e o “Facebook” …

Eu vi a minha geração olhar-me nos olhos descontente
Pela minha aparente posição avançada no sentido de progressão
Ao ter descartado a opção de ser um estúpido obliquamente!
Olhou-me fixamente com ar abichanado, e os seus olhos esbugalhados
Davam a perceber a sua fadiga mental que a envolvia
Numa luta pessoal muito acelerada que lentamente a matava…

Eu vi células da minha geração serem difundidas com
Células monetariamente muito elevadas com a finalidade
De assegurar um modo de vida luxuoso e presunçoso!

A minha geração bebeu veneno para se suicidar e agora vai
Morrendo lentamente com pesadelos assustadores que lhes
Consomem a alma como os arrumadores de carros
Consomem os trocos a pessoas que só querem estacionar
A porcaria do carro num local sossegado para não estragar
Esse objecto que lhes é tão útil num conceito básico de
Viagem-satisfação que atravessam pela gratidão
De poderem ir onde querem sem incomodar ninguém…

Eu vi pessoas maravilhosas da minha geração serem aterradas
E enterradas num buraco de solidão com paredes extra rijas
Criadas pelos conflitos lógicos entre o bem e o mal que
Lhe fizeram e estão a fazer sem qualquer compromisso de relação
Seja amor verdadeiro ou fosse amor sintético!

Na minha geração é mais apreciada a aparência visual
Produzida com cremes para estancar a originalidade da expressão
Que por vezes fica desgastada devido ao excesso de empenho
Mental envolvido na questão da sua beleza fundamental!

Na minha geração as pessoas lutam tanto para parecerem
Uma outra pessoa mais perfeita, que ao percorrer estradas
Tão longas e cansativas para chegar a esse fim, se esquecem
De quem realmente são e que outrora foram amadas…

V

Vi as mulheres da minha geração trocarem homens honestos
Por uma carteira recheada de notas que a levarão a um local
Materialmente perfeito onde em troca disso levarão a sua alma
Para um sítio inóspito onde não reina a calma!

Vi mulheres abandonarem o aconchego dos seus leitos
Em troca de de alguém que lhes dê relógios perfeitos
Banhados em ouro verdadeiro
Em vez de desejarem um ombro amigo em quem possam
Confiar e amar livremente sem qualquer tipo de compromisso a longo prazo!

Vi mulheres comerem bolas de fogo em ordem a agradar
O homem musculado que as vai satisfazer sexualmente
Deixando-as depois embriagadas numa valeta a pedir boleia
Para casa onde vão dormir germinando o filho de alguém
Que não estará presente para o acompanhar
No seu crescimento e desenvolvimento…

Vi mulheres abortarem esses filhos inocentes mesmo antes
De estes estarem completamente formados sem lhes
Darem qualquer tipo de hipótese de puderem ser alguém na vida
E poderem praticar o bem por entre o mal de vontade própria.
Matam-nos para serem livres e com tal poderem comer o patrão
E receberem um cargo nobre e um salário chorudo de modo
A reforçarem socialmente a sua posição!

Vi os homens da minha geração traírem as suas mulheres amadas
Numa busca extasiante de mamas de silicone, rabos bonitos e pescoços docinhos
Que os levam ao prazer não descritível do conceito do objectivo do homem em si..
Um homem com tesão é um touro solto numa arena
Que enquanto houver forcado não sai de cena!

As mulheres da minha geração são mentalmente mutáveis
E os homens da minha geração são seres sexualmente notáveis…

 

 

VI

A minha geração é particularmente imperfeita pois é excessivamente
Compulsiva nomeadamente às drogas usadas já sem qualquer tipo de
Consentimento espiritual do acto envolvente
Que trás a morte a si aderente e de tal forma, precocemente.

Eu vi os olhos desta geração insipida quando percebi que ela
Percorre estradas muito longas para a sua curta perna…
Estradas essas com sentido único e destino singularmente
Apetecido e particularmente constrangedor…
Percorre estradas que vão de encontro á destruição ou pelo
Menos regressão da capacidade intelectual
E social do espécie humana…

Geração cujos olhos são ouro!
Geração cujo sangue é dinheiro!
Geração cujas mão são smiles marotos e duvidosos!
Geração cujo cérebro é um palheiro!
Geração cuja rotina é uma paixão virtual!
Geração cuja inteligência é uma rede electrónica!
Calculadoras! Telemóveis! Computadores! Bordeis! Pasteis!
Geração cuja porcaria do coração é a modernização!
Pois é! Geração cujo futuro é uma incógnita…

Com amor,
Para uma geração que sempre duvidou de mim,
Pedro Rodrigues
 

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sexta-feira, março 16, 2012 - 14:56

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Sam_Vokes

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