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A Moça de Cima

 
O espelho que não posso ver
(e que tanto me atemoriza),
anuncia-se.

Em quanta angústia ela se exaure
para que necessite que eu a saiba?

Sou a aranha kafkaniana a ser seguida
por teias inexplicáveis.

Estão iniciados os terrores noturnos
em que os invisíveis, mas sabidos,
olhos paranoicos da moça de cima
esquadrinham a minha solidão insone.

Os passos que pisa e a mobília que arrasta
são duros, secos, aflitos.
São gritos.

Rudes gemidos, sem a elegância
dos líricos sofrimentos.

Quão pouca ciência impede-lhe de ver
que a soma de nossos nadas
proíbem uma mera unidade?

Em qual vazio se debate o seu desespero
em busca de uma luz
que já não tenho?

Lettré, l´art et la Culture. Rio de Janeiro, inverno de 2015.

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terça-feira, julho 14, 2015 - 15:14

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fabiovillela

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