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COLETIVISMO - Filosofia Sem Mistérios - Dicionário Sintético
COLETIVISMO – termo criado na segunda metade do século XIX para designar, a priori, apenas o oposto de Individualismo*; mas, com o Tempo, foi utilizado para dar nome a duas Correntes de Pensamentos Filosóficos e Políticos. A diferenciação entre ambas pode ser resumida da seguinte maneira: 1.A primeira seria uma espécie de Socialismo NÃO Estatal. Não imposto como Regime de Governo através de Revolução ou Guerra Civil, entre outros. Usa-se como exemplo dessa tendência o “Reformismo” anterior à Segunda Guerra, cuja face mais conhecida é o “Trabalhismo Inglês” que visa estabelecer uma Sociedade sem o desequilíbrio entre as Classes. Ou, pelo menos, que o desequilíbrio seja mínimo e, portanto, incapaz de condenar os Indivíduos nascidos nas Classes mais pobres de continuarem sendo pobres e, por isso, gerarem outros carentes. Essa Sociedade Coletivizada não teria uma Classe Dominante ou Dirigente, que se tornaria uma nova Elite e onde o padrão de vida seria muito melhor que o do restante da população. Fato que, aliás, se observa, ainda hoje, em Sociedades teoricamente Coletivizadas. Essa “Coletivização Voluntária” prevê a manutenção das Liberdades Individuais, o Direito à Propriedade e outras características do Capitalismo; evitando, porém, como já mencionado, que o fosso entre as Camadas Sociais seja tão grande que não permita a evolução do Indivíduo dentro da Sociedade. Exemplos de sucesso dessa Forma de Governo são raríssimas, pois a Natureza Humana é competitiva e busca sua satisfação em primeiro lugar, mas pode-se citar como exemplo do que seria tal Regime, lembrando que será um simples e reduzido exemplo, os Kibutz em Israel. Para vários estudiosos esse seria o “Comunismo Utópico”, ou seja, aquele viver solidário que seria o Ideal para a humanidade, mas que é utópico por acreditar no desprendimento do Homem. Um tipo de ingenuidade que não se firma na Realidade dos fatos. 2.Nessa outra visão do Coletivismo, que para alguns é a mais elevada, já se encontra a oposição à Propriedade Privada, a Supremacia do Partido ou do Estado em relação aos interesses individuais e, claro, a Coletivização forçada dos Meios de Produção (máquinas, equipamentos, ferramentas, terras etc.). Características dos Regimes Comunistas e Socialistas que vigoraram no século XX, mas que foram substituídos pela Democracia ou pela Social Democracia. Restam, entre os sobreviventes, a China e Cuba, mas mesmo neles algumas faces do Capitalismo já são adotadas de modo regular.
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