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Monólogo da Luxúria – O Desabafo
Monólogo da Luxúria – O Desabafo
Estou no decote assanhado,
No vermelho vibrante.
Ou o desejo que grita pelos poros,
Com o suor e até depois no cansaço.
Que não te abate e te deixa salivante,
Porque firme meu espírito em ti entrou.
Sou o olhar sedutor,
E a fome insaciável por calor.
Às vezes meu coração é frio,
Mas meu corpo é sempre quente.
Invado almas.
Despurifico mentes.
Varias vezes sem amor nenhum eu prossigo,
Sigo minhas vontades,
Meus instintos.
Devoro-te,
Faço-te escrava.
É você que eu uso
Para saciar minhas fantasias mais ousadas.
Não há errado.
Os desejos obscuros,
Faço de tudo sem pensar,
Nada da minha alma irei negar.
Pois sou todos os impulsos por prazer
Que a mais fértil imaginação ousa saciar.
Sou a sobrevivência das moças de rua,
E a nostalgia das coroas que me largaram.
E a névoa escura entre quatro paredes.
Poucos assumem que lá estou,
Mas estou presente em Todos.
Uns tem pouco de mim,
Outros vivem puramente tudo que sou.
Muitos me chamam de pecado,
São hipócritas que não me assumem.
Pois quando tudo fica escuro,
É a mim que gritam no final.
Alguns me temem,
Outros muitos me escolhem como guia.
Eu vivo há muito tempo,
Pecaminosa e escondida.
Mais quanto mais o tempo passa,
Aos poucos todos me revelam.
Agradeço aos mais bem aventurados
Que desde sempre não falaram mal de mim,
E aproveitam cada segundo sem medo,
Eles dão-me alegria de existir.
Eu sou o desejo secreto ou exposto que há em ti,
Sou o que sua mãe disse que é errado,
E sua avó fez a cruz dizendo que é pecado
Mas saiba que nem ela vive sem mim.
Feito no dia: 16/01/2011 - 03h26min.
A. Alawara Chavéz
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Comentários
Monólogo da Luxúria – O Desabafo
Lindo poema, gostei muito!
Meus parabéns,
Marne
Vejo que realmente gostou dos
Vejo que realmente gostou dos meus versos :]