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Mutante

Mutante

O sangue gelou-me nas veias,
O meu olhar embaciou no desconhecido,
Meu cérebro, um aglomerado de teias
Em farrapos num tom negro esmorecido.

Assim me tornei da luz em escuridão,
Do sol ameno em gélido Inverno.
De total e social em unidade e solidão,
De noção de paraíso em certeza de inferno.

Tudo em mim ameaça tempestade,
Anúncio de desilusão a martelar
Em uma mente perdida pela idade
Sob um céu negro e não estelar.

Em que momento me esqueci de mim
Enganado ou iluminado pelos textos que consumi?
Em que dúvida desisti de um fim
E em que instante de mim sumi?

De um vazio de certezas universais,
Entrelacei-me no reino dos animais
Para sentir que é o agora que é vida,
Mas logo de seguida despi-me dessa capa
Para voltar à nudez da gente mentecapta
Por essa sua fé ser tão querida,
Tão fácil, tão reconfortante,
Tão mágica e tão pouco trágica;
Promessa aliciante ao eu mutante.

G.abraço
Marco
Até um dia destes.

Submited by

quinta-feira, dezembro 17, 2009 - 22:40

Poesia :

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marcodias

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Comentários

imagem de RobertoEstevesdaFonseca

Re: Mutante

Belo poema.

Parabéns,
REF

imagem de FlaviaAssaife

Re: Mutante

marcodias,

Gostei imenso da forma como descreves a mudança dos sentimentos, a mutação da alma.

Abraços :-)

imagem de MarneDulinski

Re: Mutante

LINDO, UM NOBRE POEMA!
Meus parabéns,
MarneDulinski

imagem de HaiderChaby

Re: Mutante

es um mutante com um talento extraordinario, meus parabens pelo lindo poema. abraço

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