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Não tenho chão; mas, tenho o mundo da ilusão!!
Vi-te!
Ouvi-te!
Senti-te!
São os enganos dos sentidos,
No reino dos sentires pervertidos
Senti o sopro da tua voz;
Depois, um beijo mordido.
O teu desejo despiu-me felinamente o corpo já prometido.
Prometido!,
Mas não comprometido.
Prometido só
Á morte.
E é só!
(Mas, sinto que não palpas o meu instinto,
Nem tacteias o que sinto.
Eu sou saudade já balofa.
Sou lágrima já esquecida,
Mas que não deixa ser sentida.
Gostaria vislumbrar os contornos do teu rosto
No retrato da minha vida consumida.
Não consigo perceber
Se me encontro aqui ou lá.
Não sei!, porque não me encontro,
Enquanto te tento esquecer,
Neste silêncio morto.
Tento,
Sem tento,
Olhar além do além,
Tanto aqui como acolá.
Parece que a palpo - a lucidez.
Mas é pura embriaguez.
"Cai uma folha para o céu.
Voa um nenúfar para a boca do inferno
Em pleno inverno".
Não! Não há tento.
Não há!
Só há
Um tanto lento pensar.
Muitas vezes não conto o fim,
E julgam que terminei.
Nestes versos comecei pelo fim,
Mas não terminei,
Só dispersei.)
Dizia:
Vi-te!
Ouvi-te!
Senti-te!
São os enganos dos sentidos,
No reino dos sentires pervertidos
Vim-me!
Ouvi-me!
Senti-me!
E, culpei-me por plagiar os gritos que sufoquei outrora.
Tu!, apreciaste entre sentidos o monte que adivinha prazer.
Sentiste os meus lábios já intumescidos.
Abriste-me o capuz.
Senti-me em ti.
E vi luz,
Nessa hora.
Até frémito senti!
- Não na alma.
Senti-o em mim,
Em júbilo que depois me acalma,
Em tempos de quimera tão suspirados.
Não tenho chão.
Mas, tenho o mundo da ilusão!
Elsa Menoita
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