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Na janela do meu peito...
E a noite sem substancia arranca-me aos pedaços do chão.
.
Noto o quebrar da voz, a alergia inflamada dos nervos,
a tensão imóvel de uns olhos gastos pela rigidez das pálpebras
que secam repetidamente por causa do deserto que assola o coração.
.
Um pouco mais indefinidamente sinto a pressão nas costas,
a velha palidez em espasmos no pescoço que dói sem parar.
.
Atravessa-me um arrepio na mudança repentina da temperatura;
queima-me o pensamento a área crónica da dormencia
esquiva
.
Exausto, olho o mar num pedaço de chocolate que se repete.
Esqueço as palavras suaves, as sílabas, e as vogais
confundem-me a energia a mil quilómetros horas.
.
Num instante caio sem cair no meu peito e a tosse amordaça o ar
que acelera a sensação de revisitar os lábios e a língua
demasiado absorvidos na contracção do músculo involuntário.
.
Dolorosa a tontura despersonaliza-me a sanidade mental.
Melodia persistente questiona-me a pele sobre a súbita adrenalina
anestesiando a mágoa congelada á pressa no sangue.
.
No vazio nego a sede emocional.
Relembro a persistencia dos sabores que desconheço
presos na garganta intoxicada pela esperança perdida.
.
Cerro os punhos, faço do brilho das pupilas
estrelas cadentes no cranio da minha condição.
.
Procuro agarrar-me com força aos dedos ópticos da noite
enquanto a brisa me bate no rosto. Falta-me espaço no grito.
.
Hoje queria esquecer-me da cor.
Abro o frigorífico e bebo água gelada,
mas no abismo da minha tristeza a vertigem permanece.
.
Abro a janela do meu peito e estendo a corda até ao chão.
.
Quantas almas farão o esforço de a subir
Para me darem a mão?
rainbowsky
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Comentários
Re: Na janela do meu peito...
Fantástico Rain...mesmo...
Uma dor que se sente à distancia...
Eu estendo-te daqui a minha mão...e levo
Grande abraço meu amigo
Nuno