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Morada

É ao corpo que peço o impossível.
.
Deambulo por horas
nas ruínas que se afoitam no escuro
de um cântico áspero, dilacerado.
.
Minhas mãos pedem serenidade ao vento.
Escuto-me quando respiro em sonhos
e dou passos na calçada negra
que reage se estiveres por perto.
.
Não sei que luzes nascem nos teus olhos
mas ardem-me na pele as sombras
dos candeeiros, íntimas do meu peito.
.
Perco-me na chuva que não sei subir -
íngreme na espera,
suave na ternura de absorver espaços
para relâmpagos ensurdecedores
que me sussurrem ao ouvido o desejo.
.
E uma rua vazia na ponta dos dedos diz-me:
- O silêncio mora para lá da esquina.

rainbowsky

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segunda-feira, março 1, 2010 - 12:58

Poesia :

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rainbowsky

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Comentários

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Re: Morada

LINDO POEMA, GOSTEI MUITO!

ESTÁS PERTO DA PAZ, DA QUIETUDE!

E uma rua vazia na ponta dos dedos diz-me:
- O silêncio mora para lá da esquina.

Meus parabéns,
Marne

imagem de Henrique

Re: Morada

Não sei que luzes nascem nos teus olhos
mas ardem-me na pele as sombras
dos candeeiros, íntimas do meu peito.

Mais um bom trabalho poético com os quais já nos vens habituando a ler!!!

:-)

imagem de mariacarla

Re: Morada

Encontrar a morada na paz do silêncio...
Com a ponta dos dedos sinto, mas foge por entre os dedos...

Beijo

Carla

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