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Na tarde silenciosa de verão
Abre os olhos e não consegue ver
Com o coração fechado para o sonho
Espera um novo amanhecer que nunca vai chegar
E pede silêncio de quem só quer falar.
Não quero mais me esconder
Do sentimento que vive a me atormentar
Como se eu fosse o último ser humano
Solto nesta ilha de sentimentos.
Eu só queria voar os céus límpidos no alvorecer
Ou correr pelas planicies verdejantes
Vendo nas paisagens o seu lindo sorriso
Que não fazem mais parte da minha vida.
Mas, tudo não passa de ilusão
Na tarde silenciosa de verão
Onde escondo minha dor
E a saudade que aperta o meu coração.
De todos os olhares perdidos no tempo
O brilho intenso que vi em ti
É a única razão deste tormento
Que assola a alma que vive de saudade.
Tudo irá passar, eu sei
Mas como é cruel pensar em tudo isso
Sem sentir o vazio no coração
E a tristeza de não ver mais o seu sorisso.
Sento-me na praia e vejo o por do sol
No mesmo lugar em que sonhei com você
Na esperança de vê-la um dia
Sorrindo para mim com o brilho no olhar.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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