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Nas caladas do silêncio
Sempre existirá um lugar secreto na alma
Onde os pensamentos serão livres para voarem
Os infinitos do universo
Na busca incessante do olhar apaixonado
Do primeiro amor inesquecível.
Tudo pode ser compreendido em um único momento
Quando a alma deixa-se permitir
Sentir a brisa do alvorecer
Depois de uma noite silenciosa.
Nas caladas do silêncio
Ouve-se o sussurrar da voz tão singela
Que aquece o coração aflito
Pela saudade e solidão de outrora.
Sente o arrepio tão comum
Aos apaixonados de primeira viagem
E pensava, então, o amor ser para sempre
Quando, na verdade, nem mesmo sabe se um dia existiu.
Anela-se pela liberdade de um tempo
Que se perdeu na ausência de seus olhos
Onde desejava ter sido criança para sempre
A brincar pelos campos solitários na primavera.
Agora tudo faz parte de um passado
Que sufoca nas horas mais sombrias
Quando sente o frio da solidão
Percorrer todo o seu ser
Fazendo-o perceber que só resta para ele
Tentar imaginar um dia feliz
Nas caladas do silêncio que jaz agora.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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