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Naufrágio Perpétuo
Estabelecidos aos destroços,
ruínas que não se transladam,
naufrágio por desertos,
da amarfanhada ampulheta,
escondido tempo,
palidez.
Coexistem nas fendas,
ásperos generosos,
arenosamente distendidos,
como tépido ornamento,
à ondulação das carcaças.
Assimetrias morfológicas,
silêncio que se abafa,
a si,
em nomes do nunca,
por carótidas drenadas,
intemporais sempres,
nunca nomeados,
languidez.
Rombos revestidos,
em chapas,
mortos da nunca nascença,
e,
o sal na miragem,
permanece nas feridas.
Ao árido prisional,
nuvens estáticas,
rangiam inaudíveis,
e,
as aves que não existem,
penavam nas penas.
Inomináveis lugares vazados,
congratulada inclemência,
à faúlha dos dísticos,
o soçobro de barris,
granulosamente se ingerem.
© BM Resende
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Poesia :
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Comentários
Re: Naufrágio Perpétuo
A tua escrita é única...fabulosa
E por mais que me custe interpretá-la, adoro sempre ler-te :-P
Abraço
Re: Naufrágio Perpétuo
Obrigado pelo comentário jopeman, a meu ver tento ao máximo a personalização da escrita, porque ler os outros faz com que se potencie a individualidade, e não se esteja a reformular fórmulas feitas, cópias de outros, de outros contextos, conseguir criar algo minimamente novo, nem que seja ténue, é sempre uma brisa e uma mais-valia pessoal, pelo menos.
Abraço!