CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Nem os olhos m'alembram...
Nem os olhos me lembram, o que quero eu ver,
Nem nos braços repouso do viver sem fundo, contudo
Se tudo não passa de um desejo escavado
No abandono desta forma concreta do meu ser,
Não será consagrado o dia em que morrer,
Nem o modo, nem o que de bom ou menos mal fizer,
No meio. O mistério do céu nocturno sugere aconchego,
Por saber que isso é tão verdade, o nego.
Porque não quero acreditar em nada do que realmente vejo,
Não me serve de alívio ocupar ainda mais os sentidos,
Sinto por vezes que até os loucos ou cegos eu invejo,
Mas tal como os mastros somente se tornam úteis aos ventos,
Talvez tenha eu apenas o peso na Terra que me compete,
Se os olhos me lembram do que não posso ser,
Acaso ainda troque esta por outra vida menos torpe
Ainda que o engano seja a única parte íntegra… a meu ver.
Cedo deixou de ser incógnita a madrugada,
A nortada e o vento, são quem sou, inconstante …cada instante,
Dono de uma ilegítima alma dividida,
Que não sabe se há-de ser, triste ou …contente.
Se nem os olhos me lembram o que quero eu ver,
A confissão da noite ou a convicção do dia…
Joel Matos (06/2012)
http://namastibetpoems.blogspot.com
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 2522 leituras
Add comment
other contents of Joel
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Ministério da Poesia/Geral | Orgia de terras estranhas … | 1 | 596 | 02/22/2018 - 16:41 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Reis, Batalhas, Elefantes … | 1 | 990 | 02/22/2018 - 16:40 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Estórias de gente | 1 | 1.641 | 02/22/2018 - 16:40 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Cama no chão | 1 | 1.394 | 02/22/2018 - 16:39 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Riqueza de palhaço | 1 | 561 | 02/22/2018 - 16:39 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Há, de versos tantos … | 1 | 1.111 | 02/22/2018 - 16:38 | Português | |
Poesia/Geral | Aos poucos | 1 | 1.698 | 02/22/2018 - 16:38 | Português | |
Poesia/Geral | Agonia tem nome de ópio | 1 | 984 | 02/22/2018 - 16:37 | Português | |
Poesia/Geral | Gritando | 1 | 1.405 | 02/22/2018 - 16:36 | Português | |
Poesia/Geral | Durmo tempo demasiado | 1 | 914 | 02/22/2018 - 16:36 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Soror da dor | 1 | 1.329 | 02/22/2018 - 16:35 | Português | |
Poesia/Geral | Falo do Estio | 1 | 1.720 | 02/22/2018 - 16:34 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Quanta fadiga me enternece … | 1 | 387 | 02/22/2018 - 16:33 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Solidão | 1 | 880 | 02/22/2018 - 16:33 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Já nem sei que ou quem | 1 | 2.649 | 02/22/2018 - 16:32 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Nervoso ou preso | 1 | 2.282 | 02/22/2018 - 16:31 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | livro de-se-ter… | 1 | 1.043 | 02/22/2018 - 16:31 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Façamos um pacto … | 1 | 481 | 02/22/2018 - 16:30 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Meu mar sou | 1 | 1.416 | 02/22/2018 - 16:29 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Afinal me perco em Sófia … | 1 | 1.663 | 02/22/2018 - 16:29 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | O mistério … | 1 | 2.225 | 02/22/2018 - 16:28 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Obrigado e Adeus … | 1 | 859 | 02/22/2018 - 16:27 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Enfim livre… | 1 | 1.180 | 02/22/2018 - 16:27 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Redentor Rei-Cristo … | 1 | 412 | 02/22/2018 - 16:26 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Há palavras | 1 | 8.329 | 02/22/2018 - 16:26 | Português |
Comentários
obrigado
também pela imaginação
Obrigada, Joel, por me
Obrigada, Joel, por me chamares aqui.
A tua poesia é complexa e forte
um mergulho no desejo escavado
um abandono ao fortuito instante
nem os teus olhos querem ver
mais que o sopro dos ventos
o desnorte, o real engano
porque o concreto é a construção
a sombra do ser e eu estou aqui
inconstante, num abraço de comunhão
agradeço e devolvo
o caloroso abraço