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Nos jardins secretos da alma
Foi numa noite de grande escuridão
Que eu penetrei de forma profana
Nos sagrados jardins secretos da alma
Que escondia consigo os maiores mistérios
Dos amores perdidos no tempo da solidão.
Em meio ao solo tenebroso e irregular
Eu pude ver as almas daqueles que lamentavam
Os amores perdidos com o tempo
Por causa de atitudes mesquinhas
E decisões precipitadas que os fazem chorar.
Amparado pelos braços seguros de meu guia
Caminhava em meio as flores do jardim
No silêncio das paisagens podia ver
As borboletas com nomes eternos voarem
E um sol de cor amarelada clarear o dia.
Sabia eu que existia ali um jardineiro invisível
Alguém que cuidava dos corações feridos
Que regava as esperanças perdidas no tempo
Fazendo surgir outras flores no lugar
Que outrora arrancaram os brotos do amor sensível.
Eu vi junto a fonte que a vida acalenta
Raios de esperança que rompiam à distância
E levava além do horizonte distante
Em seus braços iluminados pela luz
O verdadeiro amor que a todos sustenta.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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