Novamente...

Existiu toda uma vida
assim como um copo vazio!
Existiu ainda um sentimento recolhido
assim como toda uma sede mal saciada!
Torturava-me todo aquele medo
deste meu coração feito em mil cacos
e de todo o vinho maduro num copo
já todo derramado pelo chão!

Pulsava em mim um grande desejo da embriaguez…
Findava uma grande sobriedade dum amor em falta!
Veio como se fosse uma gota transbordante!
Matou toda aquela minha sede...
E molhou toda a minha boca
com todo o prazer da melhor colheita!

Fez-me uma taça cheia,
que com o seu brilhar,
fez enfraquecer o brilho da transparência dos cristais
e a melhor tintura suave dum vinho!

Derramando-me…
Transbordei novamente sentimentos.
Sem temer os cacos…
Apreciei outra vez o sabor…
Entreguei-me…
Embriaguei-me em ti!