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O último suspiro
Outras palavras esquecidas
teriam tido a sua hora,
o seu lugar divino
mordendo os abismos
do desassossego.
Mordo o silêncio sem cor,
mastigo as lágrimas
que choro na tua ausência.
Perco-me nos espaços,
nas clareiras
onde sobem os demónios
e descem os anjos
em busca do meu peito.
Sinto o meu corpo deitado
sobre os troncos
à muito adormecidos,
a cabeça girar em volta
das estrelas...
o metal do machado rasgando
o céu.
Minhas mãos na neve,
o grito que me arrefece a alma,
a estrela cadente
docemente
voando no meu espírito.
A espada da bruma
trespassando o meu corpo...
as ervas saindo do meu umbigo
que a noite
queima e tatua
à espera do último suspiro.
rainbowsky
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Poesia :
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Comentários
É como se tudo ficasse frio
É como se tudo ficasse frio de repente,
ou como se o sangue arrefecesse dentro do corpo.
Sofrido este poema, mas muito bem escrito.
beijo