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O AMOR NUNCA É INOCENTE




O amor nunca é inocente

 

A inocência de qualquer flor,

É o símbolo do sentimento do amor,

Dá – nos a alegria de querer viver,

Para abraçar quem queremos amar,

Seja durante o dia ou ao luar,

Tudo depende da alma do nosso crer.

 

Penso que o amor nunca é inocente,

Ele está guardado na nossa mente,

Para sair sempre que é preciso,

Quando a atracção é grande e ambiciosa,

Tem o belo cheiro de qualquer rosa,

E antes de acontecer nos dá um aviso.

 

Uma flor qualquer nos faz lembrar um beijo,

Que demos ou ficou apenas no nosso desejo,

E assim recordamos ou queremos dar,

A alguém em quem sempre pensamos,

Queremos muito e muito amamos,

Para beijarmos quer seja na terra ou no mar.

 

Quando os nossos olhos vêem uma flor,

A nossa mente pensa logo no amor,

Vamos ao seu encontro esteja onde estiver,

Para abraçar ou beijar com todo o gosto,

Que pelo nosso desejo nos é imposto,

Para dar a um homem ou a uma mulher.

 

Por isso, as flores são sempre amadas,

Em qualquer terra elas são sempre nadas,

Para serem colhidas com todo o carinho,

Faz bem à nossa alma e ao nosso coração,

E às vezes é lindo e também de perdição,

E com ele fazemos o nosso caminho.

 

Penso que não há vida sem este sentimento,

Que se chama amor que é a chama do tempo,

Ele pode ser vitalício ou até passageiro,

Mas não deixa de ser amor que sentimos,

Pois do amor certamente nunca fugimos,

E arde dentro de nós sempre em cativeiro.

 

Flor e amor são palavras que rimam tão bem,

São das palavras pequenas as maiores que o mundo tem,

A par das palavras pequenas mãe e pai,

Que balbuciamos a todo o momento,

Como se fosse o mais belo chamamento,

Que da nossa boca sempre nos sai.

 

 

Tavira, 30 de Agosto de 2010 – Estêvão

Submited by

domingo, fevereiro 24, 2013 - 11:51

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José Custódio Estêvão

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