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O berço dos super-humanos

Um falcão deixa o voo rasante tocar o oceano
Enquanto adolescentes fumam maconha na esquina
Meninas dançam funk nas periferias
Um criminoso é cercado pela polícia
E corpos estão estendidos pelo chão
Em poças de sangue e suor dos trabalhadores.

Tudo está escuro na penumbra da sociedade
Em ruas lotadas de pessoas que transitam
Tentando esconder suas frustrações.

Há gritos na vielas e lixo caído das latas
Cães brigando por um pedaço de linguiça podre
E olhos furtivos escondidos nos escombros
De uma cidade envolta pelo caos
Sem esperança de dias melhores para as crianças
Que colocam fogo nas folhas
E a fumaça negra sob até o céu
Agora tão cinzento como nunca antes.

O berço dos super-humanos é feito de madeira
E o fogo se alastra até ele
Enquanto uma tartaruga chega a praia morta
Com um plástico que a impediu de respirar
Do outro lado do hospital há corpos
E no lixão também
Crianças transitam desesperados e desprotegidos
Do frio que assola na madrugada.

De longe ainda pode-se ouvir vozes silenciadas
Pela tragédia humana do planeta
Que um dia parecia ser tão lindo
E agora nem as folhas são mais verdes!

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

www.odairpoetacacerense.blogspot.com

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terça-feira, junho 29, 2021 - 19:49

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Odairjsilva

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