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O FORRETA

O forreta

 

 

 

O forreta extremo é fundamentalista,

Só vê o dinheiro na sua vista,

O dinheiro é o seu Deus, o seu amor,

E quando o perde não suporta a dor.

 

O ar é de borla, por isso ele pode respirar,

Pois preferia morrer se o tivesse que pagar.

Ama mais o dinheiro que o seu próprio ser,

Sem o seu dinheiro não imagina viver.

 

Pelo dinheiro ele faz muitos sacrifícios,

Por isso é sempre pessoa de todos os ofícios,

Não come, não bebe, por ele passa fome,

Por isso não o gasta, o dinheiro o consome.

 

Anda roto, pobremente vestido,

Porque o dinheiro é o seu único inimigo,

Mas no seu pensamento não o julga assim,

E pensa que o leva depois do seu fim.

 

Por ser forreta todos lhe apontam o dedo,

E ele se esconde, por causa do medo,

Que com os olhos lho possam extorquir,

E fecha – se ao mundo para dele fugir.

 

Acorda, olha a vida, deixa de ser forreta,

A vida que vives é uma grande treta,

O dinheiro que amealhaste nunca será teu,

Ele não te deu vida, de ti nunca nasceu.

 

 

 

 

 

Tavira, 15 de Julho de 2010 - Estêvão

 

 

 

 

 

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sexta-feira, fevereiro 15, 2013 - 11:31

Poesia :

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José Custódio Estêvão

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