CONCURSOS:

Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia?  Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.

 

O nariz de Cleópatra

Quem foi que encheu a sua cabeça com tantas bobagens? 
Por que não para para pensar um pouquinho? 
Deixa de ser tão besta a ponto de concordar com tudo 
Com os lixos cibernéticos que enfiam na sua mente 
Procure libertar-se desses grilhões 
Pelo menos deveria tentar e não ficar perdendo tempo. 
 
Essa angústia existencial envolta em brumas de um nevoeiro 
Ofuscam a sua visão a tal ponto de não mais questionar 
Ninguém ouve quando falamos e ignoram a nossa voz 
Mas não importa nada disso porque o futuro já está comprometido 
É como cera que derrete sob a luz do sol ofuscante 
Enquanto ficam olhando para o vazio. 
 
Não permaneça como um cego tolo que não vê nada 
Não seja surdo como muitos que não ouvem nem a própria voz 
Pegue nas mãos dos que ainda sonham com a liberdade 
E lute como se essa fosse a última batalha 
O mundo não é um mar de rosas 
É um campo de batalha e você pensa que não está aqui?
 
Quem disse a você que a curiosidade matou o gato? 
Quem colocou fogo no quintal perto de casa 
E deixou que o vento trouxesse a fumaça direto em meus olhos? 
Uma puta de uma sacanagem com os aflitos de coração 
Com os que não podem ver um palmo diante do nariz 
E olha que nem estou falando do nariz de Cleópatra. 
 
Como pode ter um cordeiro no topo da montanha? 
É em vão essa esperança e perda de tempo acreditar 
Que alguns podem mudar as suas perspectivas a partir desses enunciados 
Quando na verdade querem apenas deitar em suas redes e balançar 
O mundo não é lugar para preguiçosos 
Nem para guerreiros solitários. 
 
Por que não encontro o seu nome nos anais da História? 
O que fez que não deixou nenhum registro de seus feitos memoráveis? 
Agora não adianta lamentar a sua sorte 
Os antropólogos estão a sua espreita e não encontram traços culturais 
Que possam satisfazer a sua sana demoníaca de soberba 
Afinal, quem madou você comer o fruto proibido? 
 
Agora eu me vou pela estrada e não espere mais nada 
Estou cansado de tantas baboseiras proferidas nas casas de leis 
Promessas armazenadas em sacos furados 
Espalhadas pelas ruas desertas de uma cidade qualquer 
Quando crianças choram sem ter o leite para beber 
Eles esbanjam seus dólares em uisques caríssimos. 

 
Poema: Odair José, Pota Cacerense

www.odairpoetacacerense.blogspot.com

Siga-nos @poetacacerense

Submited by

segunda-feira, abril 10, 2023 - 19:14

Poesia :

Your rating: None (1 vote)

Odairjsilva

imagem de Odairjsilva
Offline
Título: Membro
Última vez online: há 16 horas 49 minutos
Membro desde: 04/07/2009
Conteúdos:
Pontos: 18914

Comentários

imagem de Odairjsilva

Visitem os

imagem de Odairjsilva

Visitem os

imagem de Odairjsilva

Visitem os

imagem de Odairjsilva

Visitem os

imagem de Odairjsilva

Visitem os

Add comment

Se logue para poder enviar comentários

other contents of Odairjsilva

Tópico Título Respostas Views Last Postícone de ordenação Língua
Poesia/Pensamentos Por aqui 7 197 05/10/2025 - 21:59 Português
Poesia/Desilusão O rosto nu do coração 7 165 05/10/2025 - 14:55 Português
Poesia/Meditação Dor sem palavras 7 180 05/09/2025 - 23:00 Português
Poesia/Meditação O que buscas? 7 345 05/09/2025 - 01:15 Português
Poesia/Meditação O último suspiro 7 206 05/06/2025 - 20:01 Português
Poesia/Pensamentos Viver é mais que existir 7 268 05/05/2025 - 19:09 Português
Poesia/Desilusão Saudade, ciúme e desespero 7 294 05/05/2025 - 03:45 Português
Poesia/Desilusão Febre mansa 7 373 05/04/2025 - 14:00 Português
Poesia/Desilusão Esperança e vontade 7 204 05/03/2025 - 13:56 Português
Poesia/Intervenção O que realmente importa? 7 1.437 05/02/2025 - 14:31 Português
Poesia/Pensamentos O tempo é espelho 7 495 05/01/2025 - 13:33 Português
Poesia/Amor Não é rebeldia 7 246 04/30/2025 - 21:13 Português
Poesia/Amor Quando amar é um crime 7 419 04/29/2025 - 20:19 Português
Poesia/Meditação O outro lado da História 7 437 04/28/2025 - 20:57 Português
Poesia/Pensamentos A memória do meu futuro 7 694 04/27/2025 - 14:40 Português
Poesia/Amor Alguns encontros 7 634 04/27/2025 - 03:36 Português
Poesia/Desilusão Te amar me pesa 7 477 04/26/2025 - 02:32 Português
Poesia/Intervenção A geração ansiosa 7 257 04/24/2025 - 22:31 Português
Poesia/Meditação O Homem que Ninguém Libertou - Parte III - (O Que Veio Depois) 7 443 04/23/2025 - 20:16 Português
Poesia/Meditação O Homem que Ninguém Libertou - Parte II - (A Ruptura) 7 495 04/22/2025 - 21:17 Português
Poesia/Meditação O Homem que Ninguém Libertou - Parte I - (A Rotina) 7 315 04/21/2025 - 17:35 Português
Poesia/Pensamentos Os caminhos da razão 7 595 04/20/2025 - 23:11 Português
Poesia/Amor Próximo do infinito 7 238 04/20/2025 - 14:25 Português
Poesia/Intervenção Indubitável 7 376 04/19/2025 - 18:29 Português
Poesia/Alegria Saber viver 7 428 04/19/2025 - 13:55 Português