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o que faco aqui
O QUE FAÇO EU AQUI
NESTE MUNDO, NESTA CADEIRA SENTADA
A VER ESSE MUNDO A CORRER
A VOLTA DESTA ALMA PARADA
PARADA NO TEMPO, NO AMOR, NO ODIO, NO MUNDO
A ESPERA DAQUELE AMANHECER
OU DAQUELE ESCURECER
A ESPERA DE UM SOL QUENTE
E DE UMA NUVEM CARREGADA DE LAGRIMAS
A ESPERA DE UMA LUA CHEIA
CHEIA DE FARTURA, CHEIA DE NADA
SIMPLESMENTE NADA
OU SIMPLESMENTE TUDO
NUM SEGUNDO DESSE TEMPO ONDE ME FIRO
ONDE ME MAGOO, ONDE SOFRO
ONDE CAIO E ONDE NUNCA LEVANTO A CABEÇA
NESSE SEGUNDO DE LUCIDEZ ONDE ME LIBERTO
ONDE ME EMBRIAGO, ONDE ME PERCO
ONDE ME ESCONDO, E ONDE VIVO
ONDE ME ESCONDO E VIVO…
NESTE MUNDO, NESTA CADEIRA SENTADA
A VER ESSE MUNDO A CORRER
A VOLTA DESTA ALMA PARADA
PARADA NO TEMPO, NO AMOR, NO ODIO, NO MUNDO
A ESPERA DAQUELE AMANHECER
OU DAQUELE ESCURECER
A ESPERA DE UM SOL QUENTE
E DE UMA NUVEM CARREGADA DE LAGRIMAS
A ESPERA DE UMA LUA CHEIA
CHEIA DE FARTURA, CHEIA DE NADA
SIMPLESMENTE NADA
OU SIMPLESMENTE TUDO
NUM SEGUNDO DESSE TEMPO ONDE ME FIRO
ONDE ME MAGOO, ONDE SOFRO
ONDE CAIO E ONDE NUNCA LEVANTO A CABEÇA
NESSE SEGUNDO DE LUCIDEZ ONDE ME LIBERTO
ONDE ME EMBRIAGO, ONDE ME PERCO
ONDE ME ESCONDO, E ONDE VIVO
ONDE ME ESCONDO E VIVO…
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sábado, outubro 13, 2012 - 17:51
Poesia :
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Comentários
o que faço aqui
Uma pergunta tão simples, e no entanto de grande alcance. Tatu, se transpomos a interrogação para o plano universal, não há mesmo resposta, tão matricial é a questão! E no plano particular ainda é mais importante, pois somos seres tão subornáveis que tanto aceitamos que o romantismo nos dê a resposta como pensamos descobrir outros menores objectivos temporais. Tá, não deixes a filosofia "embrulhar-te", que qualquer dia, quando menos contares, surge-te um "príncipe encantado" e então concerteza descobrirás o que fazes aqui. Claro que é cansativo esperar, mas à nossa volta a natureza tem muito com que ocupar a nossa contemplação. A tua poesia intimista e sentimental é um desafio à reflexão.
Beijos do Nuno.