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O ruído da rua...
Apesar d’as janelas estarem abertas de par em par,
Todo o ruído lá fora se diluiu, sumido no ar…
Uma criança que chorava breve, o cochichar das velhas
Sobre vidas que não as suas, a indefinição das ruas
Num refrão constante, com todos os sons e notas
Que chegavam aos meus ouvidos, como um respirar
De pautas musicais, escritas nos vitrais abertos,
Lembravam-me místicas visões e novas versões de credos,
Que o não eram, não deparava com magos nas vielas
Nem fadas, nem gnomos nesse mundo de mil celas,
Apenas janelas de imitação em magros corredores de cal,
Mas onde todos os sons soavam para mim de forma original,
Eles, como eu, não durámos para sempre,
Não escolhemos o vento que nos soprava
No ouvido o respirar do universo, como se fosse
Algo que se ouvisse (um pensamento, uma frase…)
Sussurro agora do vazio que tenho no fundo do coração,
Os sonhos que outros já sonharam nesta mesma mansão,
Apenas as surdas janelas continuam ainda abertas,
Mas as velhas da rua não passam , nem consigo mais ouvi-las…
Joel Matos (02/2012)
http://namastibetpoems.blogspot.com
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Comentários
Ruído da rua... poesia da rua.... sinfonia da rua
Caro Joel
A poesia é o sacerdócio de ver o belo! Sem o belo o mundo entraria em desespero total! Sem os poetas e seus ângulos de visão a alma humana seria cada vez mais míope!
Identifiquei-me com a descrição que fazes neste teu poema! Vivi muitas vezes o que descreves!
Obrigado por tua partilha poética!
Bem vindo...
Ruído da rua,
Num refrão constante, com todos os sons e notas...,
como um respirar...
Lindo!
Parabéns!
Isabel
saudações literárias
Muito obrigado pela visita.
Seu poema ruído da rua...., é simplesmente visceral, parabéns.