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OLHOS TRISTES

OLHOS TRISTES

 

Vejo uns olhos tristes que olham para mim,

São olhos a dizerem que a fome os deixou assim,

Os meus olhos que estavam tão brilhantes,

Ficaram tristes por não terem força para os ajudar,

As palavras só não chegam, é preciso trabalhar,

Para que, aqueles olhos tristes fiquem importantes.

 

Olhos tristes, pretos brancos ou amarelos,

São sempre olhares que são belos,

Triste, é a tristeza de quem os abandonou,

Fora das suas almas, esquecendo o seu motivo,

Pois estão tristes por estarem apensas consigo,

E pensam que para eles tudo acabou.

 

Olhos tristes que gritam por uma ajuda urgente,

Porque são olhos iguais aos de toda agente,

Alguém passa, olha e não os vê a chorar,

Passam, nada sentem e dizem que não é nada,

Continuam alegres e contentes na sua caminhada,

Simplesmente é mais simples ignorar.

 

Olhos tristes de coração partido, ficam sozinhos,

Têm tanta gente à sua volta e não têm vizinhos,

Têm a esperança perdida mas, esperam a sua sorte,

Que outros olhos os vejam e lhes estendam a mão,

Lhes indiquem o caminho, pois não sabem para onde vão,

Ou então, esperam apenas a mão traiçoeira da morte.

 

Olhos tristes, ainda são mais tristes com certeza,

Quando falta o pão no meio de tanta riqueza,

Vêem tanta coisa boa e nada podem comer,

Não são donos de nada, apenas têm o seu olhar,

Para se sentirem mais tristes onde não podem chegar,

Para verem com os seus olhos tristes à espera de morrer.

 

Olhos tristes, olham e apenas vislumbram os vazios,

Cheios de nada a serem tratados como vadios,

Torres e mais torres erguem – se à sua volta,

Ficam cercados num mundo que também lhes pertence,

Nem a sociedade que os ignora se convence,

Que precisam de pão, carinho que não se solta.

 

 

2008-Estêvão

 

 

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quarta-feira, novembro 14, 2012 - 10:30

Poesia :

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José Custódio Estêvão

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