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Os barcos que se perdem dos rios
A noite dentro da pedra
aquele filme desfocado, o animal selvagem, os barcos que se perdem dos rios
o sangue a escorrer dos jornais ás horas de ponta.
Tu cantas aquela escuridão
que anda na gruta, parece uma missa negra
um grito agudo como o apito de um comboio.
Aquela figura parecia o medo
um vento frio que subia pela espinha
o sangue a jorrar da incerteza dos homens
aquele filme desfocado, os barcos que se perdem dos rios.
Lobo 011
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Poesia :
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