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Para onde vou
Para onde vou
Nesses caminhos malabaristas
Em que mal sei quem sou
Quando passo por avenidas liricistas
E respiro o ar dessas ruas melódicas
Que ocultam o meu reflexo
Em palavras fanáticas
A qual docemente me expresso
Diante de edificios versáticos
Brilhantes de forma profunda
Abrangindo pensamentos intactos
De modo que me confunda
Com montras rimáticas
Inaltecidas em meus lábios
Rimadas numa lingua lunática
Me tornando um sábio
Mas quase sempre perdido
Onde não sei para onde vou
Sabes tu dizer o caminho?
Talvez só Deus me pode dizer onde estou
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Poesia :
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Comentários
Re: Para onde vou
Haidder;
Num poema de aparente fácil construção, constroi a procura do teu Eu interior, nos meandros de uma "lingua lunática" e no entato essa incessante procura,essa descodificação do que procuras "Para onde vou...", remets no encerramento do poema para DEUS. Causa perfeita e Universal de ti mesmo.
Num léxico cada vez mais desenvolvido, num todo bem construido, ressalvo a forte sensação visual, de malabarista, suspenso num fino fio de arame, balouçando e desafiando o Caos emergente que cai a teus pés.
Realço e sublinho igualmente
Diante de edificios versáticos
Brilhantes de forma profunda
Abrangindo pensamentos intactos
De modo que me confunda
Como disse parecia de fácil construção e entendimento, não parecia?
Contudo, é um poema meditativo, de sonoridade tranquila, e sobre o caos e o Devir.
Muito Bom.