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A pipa
O atraso da palavra é notório,
Visto que sua presença equivale a milhares desses pensamentos
De um homem (ou garoto) relutante, irrisório
A se lançar contra a torneira de espadas correntes — seu intento...
Uma pipa é lançada em declínio, carregada pelo vento
De encontro ao não-gravitacional; ao encontro desse solo
Em que produzem ouro e milho, e batata, e chimarrão
Contra “outdoors”, hoje esquecidos, sentidos pela presunção.
O moleque corre atrás de sua pipa, agora respaldada pelas mãos de um frentista
Em aparência educado, lhe confere seu brinquedo (talvez o tenha antes possuído)
É marcante a euforia da criança, colocada novamente a brincar
E ela corre em alegria, detentora de um sorriso e uma pipa.
O observador fica calado...
Seus olhos perseguiram essa pipa.
Os mesmos olhos que choraram por rasgarem sua língua
Por uma gata devorada, a lhe forçar a ter com versos, suas rimas.
Ele não fora tão gênio com as linhas nas mãos
Quanto o é com as mesmas em seus olhos; sob os pés
(Talvez em folhas de caderno,
Seja outono ou inverno,
Em seus quadrantes do Universo...).
A pipa, um dia, ainda em curvas, voará...
E tocará aquela nuvem que formara um coração.
A pipa, um dia, em curvas voará...
E tocará aquela nuvem que retrata um beijo
Do casal de namorados pelas ruas, aos lampejos
Contrastantes ao passado comparável a alcatraz.
Outro garoto se vê dentro da mesma situação —
Da pipa e do beijo
Roubado há exatos sete meses deste ensejo
Em que resgata a velha chama de seu novo coração
(Ao qual cada alegria é novidade...).
Ele passava pelo cruzamento mais famoso da cidade,
Deixava para trás o seu desgosto e o mapa do Brasil,
Seu pensamento, enfim, tocava a imensidão do céu anil
E cada verso seu brilhava nos confins da sociedade.
Profético, homérico, paulistano...
Apresentara-se-lhe o dia que valera por dez anos.
Cumprira, o homérico profeta, o velho sonho paulistano
De andar pela cidade embriagado em seus encantos.
E cada lado compusera uma moeda...
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