CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
POEMA CURTO
Ruas obscuras, espelhos obtusos
no paralelepípedo de meus olhos;
tudo é escombros, latir de cães,
quando a noite acende candeeiros
e põe asas de insectos onde a luz é
mais crua, numa realidade que se
quer concreta, no grito lancinante da
palavra, erguendo-se, qual gume de faca,
de entre o secretismo dos degraus,
sujos, impuros, com setas nos braços,
quais estátuas amputadas, vertendo
seu sangue no alcatrão das estradas,
nos bueiros, depois já rios distantes,
e a voz é um eco do que ainda não
se disse, o que só as montanhas conhecem,
o que nas árvores estremece, por um
raro sopro de vento, filtrando a palavra
que se perde na noite, se a lua não
vinga no palato, na saliva fria das paredes,
da tão ansiada liberdade.
Jorge Humberto
10/01/12
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 1484 leituras
Add comment
other contents of Jorge Humberto
Tópico | Título | Respostas | Views |
Last Post![]() |
Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Erótico | MINHAS MÃOS | 2 | 1.012 | 02/14/2012 - 09:27 | Português | |
Poesia/Intervenção | RUANDA NUNCA MAIS | 9 | 1.207 | 02/14/2012 - 09:24 | Português | |
Poesia/Geral | HÁ GRITOS | 2 | 1.245 | 02/12/2012 - 10:40 | Português | |
Poesia/Geral | IMPOSSÍVEL DESEJO | 0 | 804 | 02/11/2012 - 10:57 | Português | |
Poesia/Geral | OLHOS PROCURAM OLHOS | 0 | 981 | 02/11/2012 - 10:53 | Português | |
Poesia/Geral | DESASSOSSEGO | 2 | 943 | 02/09/2012 - 11:05 | Português | |
Poesia/Meditação | EM SILÊNCIO ESCUTEI-ME | 0 | 1.090 | 02/08/2012 - 14:29 | Português | |
Poesia/Canção | CARROSSEL | 0 | 1.057 | 02/08/2012 - 13:45 | Português | |
Poesia/Alegria | A MÚSICA DA POESIA | 6 | 831 | 02/08/2012 - 13:04 | Português | |
Poesia/Tristeza | ASSASSINADO | 0 | 558 | 02/07/2012 - 11:29 | Português | |
Poesia/Dedicado | AO ACORDAR | 0 | 688 | 02/07/2012 - 11:19 | Português | |
Poesia/Geral | ANJO OU DEMÓNIO | 0 | 801 | 02/07/2012 - 11:14 | Português | |
Poesia/Meditação | ÁGUAS | 0 | 979 | 02/06/2012 - 11:52 | Português | |
Poesia/Amizade | A VEZ DA ROSA | 0 | 831 | 02/06/2012 - 11:44 | Português | |
Poesia/Fantasia | DE ALGODÃO É A REALIDADE | 2 | 603 | 02/06/2012 - 11:26 | Português | |
Poesia/Meditação | EIS O TEU DIA | 2 | 1.551 | 02/06/2012 - 11:22 | Português | |
Poesia/Geral | DE LUTAR FICOU-ME A LIBERDADE | 0 | 743 | 02/05/2012 - 13:02 | Português | |
Poesia/Desilusão | Nada muda!!! | 0 | 943 | 02/04/2012 - 11:02 | Português | |
Poesia/Tristeza | Quem era aquele no chão | 0 | 778 | 02/04/2012 - 10:59 | Português | |
Poesia/Geral | Distúrbios | 0 | 784 | 02/04/2012 - 10:56 | Português | |
Poesia/Amor | Antes Do Corpo Cansado... | 0 | 832 | 02/03/2012 - 11:49 | Português | |
Poesia/Alegria | A VELHA E SÁBIA ÁRVORE | 0 | 896 | 02/03/2012 - 11:21 | Português | |
Poesia/Geral | À BANALIZAÇÃO DA POESIA | 0 | 1.263 | 02/03/2012 - 11:05 | Português | |
Poesia/Aforismo | Para teres tudo, quer nada | 0 | 728 | 02/02/2012 - 11:23 | Português | |
Poesia/Aforismo | Onde a palavra comece a vingar | 0 | 1.109 | 02/02/2012 - 11:20 | Português |
Comentários
obscuridade
tudo é obscuro na sua essência
quando o ser humano se sente aprisionado
- cada vemos vivemos mais nas trevas
existenci_ais.
1 abraç0o!
Abilio
Olá, meu querido amigo, Abilio,
Olá, meu querido amigo, Abilio,
somos nós que damos ou tiramos de nossa essência, partindo daí para a claridade ou para o obscuridade, mas concordo contigo, quando dizes, que é natural essa obscuridade, quando, cada vez mais, o Homem, se sente aprisionado, neste mundo de trevas, que ele mesmo construi-o e avoluma. Hoje mais de que nunca, não vivemos antes sobrevivemos, nosso existencialismo. Sempre um prazer ver-te no meu cantinho e ler teus comentários a meus poemas. Amanhã vou disfrutar da leitura de meus amigos, poetas... e claro... podes esparar-me, às portas, sempre abertas, de teu jardim.
Abraço meu.
Jorge Humberto
Jorge, Belo poema,onde
Jorge,
Belo poema,onde destaco essa tua construção poética que ecoou em minha alma:
"e a voz é um eco do que ainda não
se disse,o que só as montanhas conhecem,
o que nas árvores estremece,por um
raro sopro de vento,filtrando a palavra."
Seja bem-vindo!
Obrigado!
Olá Suzete, prazer!
Muito obrigado pelas tuas palavras de apreço a meu poema e pelas boas-vindas!
Beijinhos
Jorge Humberto