CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
POEMA DE QUANDO TUDO É ETERNO
I
Ela era como uma nuvem carregada
Quando convinha
ela chovia,
grave,
e inundava-me de paz
Quando não
conservava uma fúria que
rebentava
numa tempestade branca
indissolúvel
II
Pouco depois,
olhava-me com seus olhos de jabuticaba,
que brilhavam
e traziam as marcas da história
Como uma luz que não se apaga
nunca
seus olhos eram lâmpada para meus pés
e eu seguia, humildemente,
as vias até seu coração
III
Quando conversávamos
o fogo emanava dela toda,
sua boca parecia dizer-me: “fogo” e eu,
inspirado pela força que também atraiu Ícaro,
voava com gana,
sua boca, então, parecia dizer-me “mar”
e, olhando o Egeu sob meus pés,
eu planava com a tranquilidade dos que amam
e preferem a brisa suave
em vez de amorenar-se ou molhar-se
demais
IV
Nosso mundo transformava-se quando rastejávamos pela grama
Deglutíamos tudo ao nosso redor
primeiro a terra, depois um
depois o outro
depois o apocalipse
depois o espírito de Deus voltava a caminhar pelas águas do lago
que ladeava nosso campo florido
E tudo tornava-se fluido
eu lhe pedia o líquido santo e ela
dava-me
na boca, primeiro, depois mais
e mais
V
Numa noite contei-lhe que era mágico
que havia criado uma bolha de amor
Como ela não acreditasse
pedi-lhe que ficasse parada e
soprei todo o sabão dourado que Deus me deixara
Quando abriu os olhos
estava molhada e não havia bolha nenhuma
por fora
Quando me desculpou com um beijo ela percebeu:
“mágica é endireitar as linhas
tortas de-
-vidas”
VI
Se meu céu amanhecia antes do dela
olhava-a espantado
e percorria os sem-fim de seu cabelo estrelado
ainda
O espanto de sua beleza mutava-se-me em mudez
ante o nascer de sua íris colorida,
o subsequente sorriso prenunciava o dia que viria
e ele era largo e vivo
como vivo eu me via toda a vez
que as batidas de seu coração eu sentia.
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 500 leituras
other contents of Dida
Tópico | Título | Respostas | Views |
Last Post![]() |
Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Geral | EU E CLARICE | 0 | 398 | 02/23/2011 - 12:41 | Português | |
Poesia/Geral | RETRATO DO ARTISTA QUANDO JOVEM | 1 | 497 | 02/23/2011 - 11:57 | Português | |
Poesia/Pensamentos | LOUCO | 1 | 377 | 02/22/2011 - 19:27 | Português | |
Poesia/Pensamentos | PEQUENO ESTUDO NATURAL II | 0 | 406 | 02/22/2011 - 16:37 | Português | |
Poesia/Pensamentos | PEQUENO ESTUDO NATURAL I | 2 | 450 | 02/22/2011 - 16:30 | Português | |
Poesia/Meditação | LUA NOVA | 0 | 401 | 02/22/2011 - 16:27 | Português | |
Poesia/Amor | QUANDO ELES SE BEIJARAM | 0 | 493 | 02/20/2011 - 23:38 | Português | |
Poesia/Amor | POEMA DE QUANDO TUDO É ETERNO | 0 | 500 | 02/20/2011 - 23:04 | Português | |
Poesia/Meditação | TRAVESSIA | 0 | 390 | 02/20/2011 - 22:49 | Português | |
Poesia/Meditação | DE QUANDO SÓ SE PODE CHORAR | 0 | 469 | 02/20/2011 - 22:45 | Português | |
Poesia/Intervenção | HORÁRIO DE TRABALHO | 0 | 493 | 02/20/2011 - 22:35 | Português | |
Poesia/Pensamentos | ESTUDO NATURAL I | 4 | 501 | 02/20/2011 - 22:30 | Português | |
Poesia/Pensamentos | ESTUDO NATURAL III | 0 | 475 | 02/20/2011 - 22:13 | Português | |
Poesia/Pensamentos | ESTUDO NATURAL II | 0 | 529 | 02/20/2011 - 22:10 | Português |
Add comment