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Poesia

Como a água
que corre sem se deter
de encontro ao mar
que por ela chama

Deslizam as palavras
neste papel em que escrevo
e para onde corre este lápis
cheio de mim

Canto baixinho
versos de um poema
ancestral melodia
de todos os tempos

Voz dos sentidos,
brisa perfumada que paira
Eterno enigma de existência,
Supremo eco do absoluto

Está em tudo
Está em todos os lugares
É o ar que respiro,
É o odor da terra,
O silêncio dos céus,
O voo das aves,
O vento,
O tempo,
A Alma do Mundo e
de todas as coisas que se contam
e se não contam

Olhos que a vêem
ouvidos que a ouvem
sentidos que a sentem
lápis que a escrevem

Tudo apenas...
pequenos vislumbres
dessa porta entre-aberta
que os olhos perscrutam
e a alma sente

Ignora as verdades científicas
Exorta a graça das coisas
É expressão de sentimento difuso
Minha alma encantada
 

Submited by

segunda-feira, fevereiro 14, 2011 - 21:28

Poesia :

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miguelmancellos

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Comentários

imagem de Dionísio Dinis

Numa aparente  e bem ousada

Numa aparente  e bem ousada singeleza, se "esconde" um poema com alma e inteligentes palavras.

imagem de MarneDulinski

Poesia

miguelmancellos!

 

Lindo texto, maravilhoso, gostei muito!

Destaco estes versos:

Como a água
que corre sem se deter
de encontro ao mar
que por ela chama

Deslizam as palavras
neste papel em que escrevo
e para onde corre este lápis
cheio de mim

 

Meus parabéns,

MarneDulinski

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