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Poesia
Como a água
que corre sem se deter
de encontro ao mar
que por ela chama
Deslizam as palavras
neste papel em que escrevo
e para onde corre este lápis
cheio de mim
Canto baixinho
versos de um poema
ancestral melodia
de todos os tempos
Voz dos sentidos,
brisa perfumada que paira
Eterno enigma de existência,
Supremo eco do absoluto
Está em tudo
Está em todos os lugares
É o ar que respiro,
É o odor da terra,
O silêncio dos céus,
O voo das aves,
O vento,
O tempo,
A Alma do Mundo e
de todas as coisas que se contam
e se não contam
Olhos que a vêem
ouvidos que a ouvem
sentidos que a sentem
lápis que a escrevem
Tudo apenas...
pequenos vislumbres
dessa porta entre-aberta
que os olhos perscrutam
e a alma sente
Ignora as verdades científicas
Exorta a graça das coisas
É expressão de sentimento difuso
Minha alma encantada
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Poesia :
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Comentários
Numa aparente e bem ousada
Numa aparente e bem ousada singeleza, se "esconde" um poema com alma e inteligentes palavras.
Poesia
miguelmancellos!
Lindo texto, maravilhoso, gostei muito!
Destaco estes versos:
Como a água
que corre sem se deter
de encontro ao mar
que por ela chama
Deslizam as palavras
neste papel em que escrevo
e para onde corre este lápis
cheio de mim
Meus parabéns,
MarneDulinski