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Professora
O frio que percorreu minha espinha não era normal
Era o presságio de uma ausência
Mas, ausência do quê?
De repente me vi preso as lembranças
Lembranças que me remontam aos seus olhos lindos.
Seu perfil contagiante
Sua silhueta tão sedutora.
Seu caminhar pela sala de um lado para o outro
E sua voz tão macia a preencher o silêncio
De quem aprendeu a te admirar.
Fiquei triste hoje,
Seu último dia de aula na minha sala
Agora você não será minha de nenhuma forma
Porque ali
Era o único lugar.
Então eu percebi, talvez tarde demais,
Que você era o encanto de minhas manhãs solitárias
Além de minha professora,
Você era minha esperança.
Esperança que vi em seus olhos verdes encantadores.
Notei o quanto era difícil acompanhar suas aulas
Porque o brilho de seus olhos ofuscaram minha percepção
Difícil assistir as aulas sem notar o seu encanto.
Agora tudo se foi
As aulas acabaram e onde posso te ver?
Nos meus sonhos, com certeza.
Nesta manhã percebi
O quanto você estava encantadora.
Parei no tempo e fiquei a vislumbrar-te
Com o coração palpitando mais acelerado.
Você era minha professora
Era.
Agora o que será?
O que espero no alvorecer de cada manhã?
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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