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Profundo como o Oceano
Conheço no tempo
Que apagou parte de mim,
Em distâncias alheias ao desalento
Rodeado entre o verdadeiro e errado
Do Ser que se perdeu e o abafado.
Silêncio ignorado
No oceano largado.
Enterrado em insânias,
Cometidas de alguma maldade
Ainda… por cometer.
Intencionalmente
Um dia ficou para trás
Uma grande e importante parte,
Estagnada em suja água
Lavada de uma lavagem retida
Por sair em estojo fechado,
Longe do oceano…
Esquecido, esqueceste de procurar
Esquecido, esqueceste de descobrir
O que havia a descobrir.
Demasiados momentos,
Sem sentir que haveria ainda mais que um simples
Lado de cá, ou de lá…
No profundo oceano
Esqueceste de olhar o que podendo ser visto
E só tu poderias enxergar,
Como quem encontra uma agulha
Cravada no peito
Presa por um minúsculo fio…
Na ponta… Para tu veres!
Esteve sempre lá, fechada
Lançada e empurrada ao fundo do mar
Afundada sem perceberes,
Na ostra isolada.
Em justeza irrisória da concha fechada,
Hoje já nada me dói
Muito menos na alma
Oprimida como garantia… em poesia,
Que me livrou da loucura
Daquilo que sentia!
Hoje nem posso seguir em frente.
Tenho o caminho barrado
Por um alfinete lacado,
Em agonia.
E respirar, sempre que tento
Já nada encontro de profundo
Desembaraço em corais do meu forte rolo,
Que me atropela em garras de tubarão
E me atormenta e prende
Num acordar estrondoso de uivos.
Saltos trespassados e caídos
Mal-humorados como inconstantes cavalos,
Em água rolante e incerta.
Embaraçosa, de graves palavras
Cego e muda de escarlates setas,
Na pesca em ondas bravias
Que teimam queimar
Molhando de frente ao trambolhão,
A culpa de… culpar.
Como quem cospe valores…
Constante em manter,
Afirmando que conhece e sabe
De cor o tamanho de um oceano
Que nas algas encobre,
O pó da areia calcada, recalcada… e sem ver,
O que realmente eu sinto.
Batendo o pé na insistência,
De saber, como eu o sinto,
Na profundidade do meu sentir…
Afirmando que o sabe no mais profundo do meu ser!
Carla Bordalo
[center]Ninguém pode saber dos nossos sentimentos mais que nós. Poderá alguém se atrever a julgar?![/center]
http://carlabordalo.blogspot.com/2010/04/profundo-como-o-oceano.html
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Comentários
Re: Profundo como o Oceano
Cometidas de alguma maldade
Ainda… por cometer.
Molhando de frente ao trambolhão,
A culpa de… culpar.
Como quem cospe valores…
Um oceano afirmado no rolo das tuas palavras!!!
:-)
Re: Profundo como o Oceano
Quantas vezes, dizemos a sorrir, para que outros não possam perceber a dor que escondemos, os segredos que não revelamos.
Como conchas, fechadas, conservamos a pérola do nosso Eu, visivelmente atormentado e abafado.
Solte-se na poesia, o que nunca se revelou noutro tipo de mestria.
Potente, forte, enigmático e profundo.
A descobrir em repetidas leituras.
Gostei bastante Carla!
Re: Profundo como o Oceano
Esteve sempre lá, fechada
Lançada e empurrada ao fundo do mar
Afundada sem perceberes,
Na ostra isolada.
Em justeza irrisória da concha fechada,
Hoje já nada me dói
Muito menos na alma
Oprimida como garantia… em poesia,
Que me livrou da loucura
Daquilo que sentia!
Eu ainda sinto a loucura, quem sabe um dia também consiga livrar-me.
Adorei
FAVORITO NELE! (o meu 1º)