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Proscrito
O mar entra-me pelos olhos
como verdades calcetadas de sal
dúvidas e magoas.
Um grande vazio engole o corpo
por inteiro, a praia e os peixes
e às vezes , nas estrelinhas do momento
quase me sinto feliz…
Como oásis no desejo
a ilusão demora um gesto,
o riso que o coração grita
é somente o silêncio velhaco da tristeza.
Medonho, o espaço mingua alucinações
nas vértebras do pensamento vazado
pelas mãos do mar e da sombra
com vontades marujas de partir
em busca do horizonte…
-por pirraça os barcos passam na foz
dos olhos húmidos de inquietação,
passam longe demais para o agarrar,
nem o mar, nem os barcos
nem os sonhos que deixam esculpidos
nas águas da minha solidão!...
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Poesia :
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Comentários
Re: Proscrito
E que fazemos nós, quando agarramos o sonho?
A solidão dos que sonham é, por vezes, muito rica.
Belas palavras com que partilhaste essa tua riqueza.
Abraço
Re: Proscrito
proscrito!
Gostei,
MarneDulinski
Re: Proscrito
José
apreciei muito o seu belo
e expressivo poema.
Uma boa surpresa, confesso...
Um abraço
Vóny Ferreira
Re: Proscrito
Com o mar nos olhos e o céu nas mãos fazes das palavras pura poesia.
Que eu tanto aprecio.
Bj
Re: Proscrito
Suave poesia. Calmas, relaxantes e inquietantes palavras.