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Que
Que tu voltes deusa Odara*,
tropicália ninfa Yara.
Que sempre me sejas cara
e eu, devoto dessa santa tara.
Dessa distante pérola rara,
misto de mel e fruta amara,
qual virgem que já amara
em noites de paixão ignara,
nos becos em que nada se repara.
Que perdure a volúpia,
rubro rubi rúbia.
Mas que cesse a orgia celerada
da utopia deflorada.
Que em tudo inexista logro,
que Prometeu reavive o fogo
e que Pã, fauno e ogro,
afaste o dia do malogro.
Que persista algum carinho
nesse nó redemoinho,
nesse pleno sozinho,
qual quixotesco moinho.
E entao, quando tudo houver,
que eu te saiba minha mulher.
* Da poética de Caetano Veloso e Gilberto Gil
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Comentários
Re: Que
Quão belo poema haveis composto, e quão atraiu-me a vossa composição fonética.
Muito bem concebido e conseguido. Gostei.
Abraço,
Pedro
Re: Que
Dessa distante pérola rara,
misto de mel e fruta amara,
qual virgem que já amara
em noites de paixão ignara,
nos becos em que nada se repara.
Que, isto é um poema que me encanta pela poesia pura aqui derramada.
Soberbo!!!
:-)