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QUE HEI-DE FAZER?

Que hei-de fazer?

 

Parece que perdi a vontade de sorrir,

E até a vontade morrer a rir,

Até a vontade de dar gargalhadas,

Agora que vejo tantas trapalhadas,

Que não foram feitas por mim,

E fiquei com esta triste vontade assim.

 

Todos os dias me dão más notícias,

São verdadeiras em lugar de fictícias,

Atingem o meu pobre coração,

E põem-me a mente em ebulição,

Porque me fazem tanto sofrer,

Já nem sei se assim quero viver.

 

Ajudei tanto quem me está a roubar,

E até me fazem ter medo de falar,

Gente corrupta que eu ajudei,

E até me sinto corrupto também,

Por ajudar quem me mente,

E a minha tristeza ninguém sente.

 

Sinto minguar todos os dias,

As minhas fracas economias,

Para repor o que eu não roubei,

E dizem que eu tenho culpa também,

Por lhes ter oferecido o meu voto,

Estes filhos de um grande arroto.

 

Para onde eu hei-de fugir,

Para ganhar a minha vontade de sorrir?

Estou com uma mão atrás e outra à frente,

Por causa desta gente que me mente,

Sou comido pelas promessas,

E tenho a cabeça cheia de tretas.

 

Sou de um país à beira-mar plantado,

Por tanta gente cobiçado,

Eu dou-lhes a minha parte de graça,

Mas tirem-me desta desgraça,

Pela minha vontade de sorrir,

Que eu quero outra vez adquirir.

 

Estes malditos fazem de mim palhaço,

E ainda por cima lhes ofereci um abraço,

Com toda a minha convicção,

E agora estou metido nesta enorme corrupção,

Eu que sempre me considerei honesto,

Aqui deixo o meu protesto.

 

Tavira, 4 de Julho de 2011-Estêvão

 

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terça-feira, julho 23, 2013 - 09:49

Poesia :

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José Custódio Estêvão

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