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QUE HEI-DE FAZER?
Que hei-de fazer?
Parece que perdi a vontade de sorrir,
E até a vontade morrer a rir,
Até a vontade de dar gargalhadas,
Agora que vejo tantas trapalhadas,
Que não foram feitas por mim,
E fiquei com esta triste vontade assim.
Todos os dias me dão más notícias,
São verdadeiras em lugar de fictícias,
Atingem o meu pobre coração,
E põem-me a mente em ebulição,
Porque me fazem tanto sofrer,
Já nem sei se assim quero viver.
Ajudei tanto quem me está a roubar,
E até me fazem ter medo de falar,
Gente corrupta que eu ajudei,
E até me sinto corrupto também,
Por ajudar quem me mente,
E a minha tristeza ninguém sente.
Sinto minguar todos os dias,
As minhas fracas economias,
Para repor o que eu não roubei,
E dizem que eu tenho culpa também,
Por lhes ter oferecido o meu voto,
Estes filhos de um grande arroto.
Para onde eu hei-de fugir,
Para ganhar a minha vontade de sorrir?
Estou com uma mão atrás e outra à frente,
Por causa desta gente que me mente,
Sou comido pelas promessas,
E tenho a cabeça cheia de tretas.
Sou de um país à beira-mar plantado,
Por tanta gente cobiçado,
Eu dou-lhes a minha parte de graça,
Mas tirem-me desta desgraça,
Pela minha vontade de sorrir,
Que eu quero outra vez adquirir.
Estes malditos fazem de mim palhaço,
E ainda por cima lhes ofereci um abraço,
Com toda a minha convicção,
E agora estou metido nesta enorme corrupção,
Eu que sempre me considerei honesto,
Aqui deixo o meu protesto.
Tavira, 4 de Julho de 2011-Estêvão
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